segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cavaleiros do Apocalipse


Os Cavaleiros do Apocalipse são 4 personagens descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse. Os quatro cavaleiros do apocalipse são: Conquista, Guerra, Fome e Morte.

O primeiro cavaleiro geralmente é interpretado como sendo o anticristo, porém seu caráter é o menos definido entre os 4 cavaleiros, ele também é considerado por alguns, bom e justo, portanto assim considerado o próprio Jesus Cristo.

Os outros três cavaleiros representam o mal, as forças destrutivas, e dada a forma unificada em que todos os quatro são introduzidos e descritos, pode ser mais provável que o primeiro cavaleiro é correspondentemente mal. Obra de arte que mostra os cavaleiros como um grupo, como a xilogravura famosa por Albrecht Dürer, sugere uma interpretação onde todos os quatro cavaleiros representam diferentes aspectos do mesmo mal.

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse,  Albrecht Dürer.
Após contemplar toda a estrutura da organização celestial de Deus, João vê em sua mão direita um rolo (manuscrito enrolado em formato cilíndrico) com sete selos (Apocalipse 5:1-2). Em seguida Jesus Cristo (descrito como o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, um cordeiro em pé, como se tivesse sido morto) tira o rolo da mão direita daquele que está assentado sobre o trono (Apocalipse 5:5-9). Esses cavaleiros começam sua cavalgadura por ocasião da abertura do primeiro desses "sete selos" e a cada selo aberto um cavaleiro aparece no total de quatro (Apocalipse 6:1-Apocalipse 7:17). Há interpretações que associam esses eventos com os descritos nas visões do profeta Daniel que se iniciam no final das 70 semanas e cavalgam até a Grande tribulação findando no Armagedom.

Como em outros livros de profetas bíblicos aspectos da narrativa como local, tempo, quantidade, personagens envolvidos e referências são vistos de forma simbólica e muitas vezes interpretados de maneira relacionada a outras passagens bíblicas e acontecimentos passados ou atuais.

O número quatro na simbologia numérica bíblica representa quadrangulação em simetria, universalidade ou totalidade simétrica, como em quatro cantos da Terra, quatro ventos. Vemos isso também em outros textos (Apocalipse 4:6; 7:1, 2; 9:14; 20:8; 21:16), provavelmente tornando esses quatro Cavaleiros parte de um único evento relacionado.


Cavalos e cavaleiros: Em muitas culturas, o cavalo é símbolo de impetuosidade e impulsividade relacionadas com os desejos humanos, além de ser associado com água e fogo por serem muitas vezes incontroláveis. Também é tido como a relação com o divino servindo de guia de almas, sendo muitas vezes enterrados junto com seus donos. Exprime também vigor e virilidade, por vezes simbolizando a juventude. No contexto histórico, principalmente nos campos de batalha, o cavalo era treinado muitas vezes para matar soldados com suas patas ou sua boca, portanto nessa narrativa esses cavalos e seus cavaleiros podem representar (e muitas interpretações os descrevem assim) uma cavalgada (campanha) com toques de guerra trazendo suas consequências por onde passam.

A Ordem em que são chamados revela uma sucessão progressiva, pois eles não são chamados ao mesmo tempo, levando muitos a associar essa visão com acontecimentos do início do século 20, chegando à conclusão que o final das "Setenta Semanas" seria 1914, o primeiro cavaleiro Jesus Cristo e os outros cavaleiros sinais de sua presença.(Mateus 24:3-21)

Quem os chama são quatro "criaturas viventes cheias de olhos" (Apocalipse 4:6b) ou querubins que estão "em volta do trono, em cada um dos seus lados" (do trono de Deus). É provável que não se refira a um número literal, mas representa toda a classe angelical desse grupo, ou dos que desempenham a mesma função. Cada um é descrito como tendo a cabeça, ou aparência, distinta (Apocalipse 4:7).

Como um todo esses querubins podem representar a ação ou manifestação conjunta dos atributos principais de Deus, tanto que são eles que chamam os quatro cavaleiros.

Sete selos (ou sinete) e o rolo - o selo era usado como sinal de autenticidade ou garantia a privacidade do documento levando uma marca. O número sete é considerado um número sagrado e representa inteireza e o rolo (ou livro) era usado como símbolo de decreto, pronunciação ou onde estão anotados o conjunto desses símbolos denotam que esse rolo contém uma pronunciação inteiramente autêntica de acordo com seu contexto bíblico.


Sendo um livro profético, o Apocalipse usa de linguagem simbólica para representar diferentes fatos. Tal fato não é diferente com relação aos quatro cavaleiros. Tal linguagem simbólica permite grande número de interpretações, por diferentes pessoas e diferentes correntes cristãs. Como principais interpretações podem ser consideradas as seguintes, por serem as que tem maior quantidade de adeptos:
  • Visão temporal: Os quatro cavaleiros representariam eventos da época em que a "profecia" teria sido escrita. O primeiro cavaleiro representaria a esperança de derrota dos romanos (e consequentemente o término da perseguição aos cristãos) por povos vindos do oriente, provavelmente os alanos, que eram famosos arqueiros (a descrição de Apocalipse 6. 2, que diz "cavaleiro com um arco"). Os demais cavaleiros indicariam a queda dos romanos. (esta interpretação é a que tem menos adeptos religiosos, porém a mais aceita nos meios céticos).
  • Visão futurista: A mais comum entre os cristãos protestantes. Os quatro cavaleiros representariam os quatro primeiros eventos do "fim do mundo". O primeiro seria um grande líder que conquistaria grande poder e autoridade (motivo pelo qual muitos o identificam como o Anticristo), o segundo significaria uma "guerra mundial" entre o homem representado pelo primeiro cavaleiro e aqueles que não aceitariam a sua dominação, o terceiro seria a "fome" ou racionamento de alimentos, causada por estes se tornarem raros com a guerra, e o quarto seria uma grande crise de mortalidade, como uma consequência dos cavaleiros anteriores.
  • Visão interpretativa: Os quatro cavaleiros representariam os períodos históricos da igreja cristã. Onde o primeiro cavaleiro seria o "cristianismo original", que "conquistaria" grande número de seguidores, após isto, os muitos seguidores de Cristo se separariam e começariam a brigar ("guerrear") pelo direito de interpretar os ensinos e as crenças cristãs (muitos consideram como o período dos primeiros Concílios), o terceiro cavaleiro representaria a "fome pela Palavra de Deus" (Amós 8.11), ocasionada pelos muitos líderes que ocultariam tal ensino (muitos considerando este período como a época da Idade Média) e o último cavaleiro seria a "morte espiritual", causada pela propagação de falsas doutrinas e religiões que substituiriam o verdadeiro cristianismo (muitos considerando que tal período se iniciaria com a Reforma protestante e seguiria até o "fim dos tempos"), o que levariam as pessoas diretamente para o "inferno" (a descrição deste cavaleiro de Apocalipse 6.8 que diz: "e o inferno o seguia").

Fonte:Wikipedia
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