segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uri Geller



Uri Geller era um paranormal que se tornou famoso nos anos 70 ao aparecer em programas televisivos realizando supostas demonstrações de seus poderes: telecinese, rabdomancia e telepatia. Tais demonstrações incluíam dobrar colheres, identificar objetos ocultos e parar ou acelerar ponteiros de relógios à distância.

Nascido em 20 de dezembro de 1946, Geller é um israelense naturalizado britânico. Aos 4 anos de idade, enquanto brincava no jardim de um vizinho, Geller foi atingido por uma bola de luz que desceu do céu jogando-o no chão. Poucos dias depois, durante a refeição, a colher com que ele comia sopa se dobrou ao meio. E as duas colheres seguintes também. Ele atribuiu isso ao incidente com a bola anteriormente. E passou a acreditar que a bola lhe havia concedido incríveis poderes. Assim nasceu um prodígio da natureza, um vidente. Em resumo nasceu uma estrela do show business.

No início dos anos setenta, depois de ter lutado no exército israelense, Geller iniciou sua carreira como mágico que, eventualmente, alavancou sua fama internacional. Suas aparições na televisão espanhola nos anos setenta são míticas. O mundo se rendeu a seus pés. Aparições em larga escala na TV, milhões em contas bancarias ao longo dos anos e tudo isso cercado de muito mistério.

Em 1973 ele participou do programa "The Tonight Show" com Johnny Carson. No programa ele deveria demonstrar o seu poder dobrando colheres e parando relógios com o pensamento, mas falhou em todas as tentativas. Geller alegou na ocasião que o seu poder não podia ser ligado e desligado quando queria, e não estava se sentindo bem. Mas outras fontes acreditam que Carson, juntamente com James Randi, trocaram as colheres que Geller usaria, suspeitando que ele "preparava" as colheres antes das demonstrações.


São muitos os seus críticos, entre os quais se destaca James Randi, canadense radicado nos Estados Unidos, que ganha a vida desmascarando, supostos paranormais, médiuns e santos que choram sangue. Sua carreira de "caçador de paranormais" deslanchou nos anos 70, quando desmascarou Geller, que nunca foi capaz de demonstrar seus poderes em ambientes que não tivessem sido preparados antes por ele proprio e seu empresario.

Segundo Randi, Geller não seria dotado de paranormalidade. Para sustentar sua tese, Randi produziu os truques de Geller ao vivo na TV, demonstrando que tudo não passava de ilusionismo e repetiu várias vezes os experimentos, obtendo os mesmos resultados surpreendentes, mas sempre afirmando ter usado apenas truques e ilusionismo. Randi, tambem escreveu um livro e numerosos artigos demonstrando que Geller é uma fraude, e que os seus atos não passam de truques de mágico. O ilusionista, Criss Angel ofereceu 1 milhão dólares para Uri Geller e Jim Callahan se eles pudessem psiquicamente determinar o conteúdo dentro de um envelope que ele tinha na mão. A oferta foi recusada. 

Durante a década de 70, Geller foi foco de muita pesquisa paranormal, incluindo um conhecido estudo do Instituto de Pesquisa de Stanford que alegou validos seus poderes. E em muitas ocasiões Geller tentou usar este estudo (considerado falho na melhor das hipóteses por peritos em magia e ciência patológica) como prova em tribunais contra os seus adversários, particularmente contra Randi. Ele também levou varias outras pessoas que alegavam que ele não possuía poderes paranormais aos tribunais, mas acabou perdendo em todas as causas.

Segundo alguns escritores, incluindo o cético Martin Gardner (especialista em técnicas mágicas), o dom de Geller é bastante superficial e medíocre, e toda a sua reputação se apoia na afirmação de poderes psíquicos, permitindo-lhe uma saída se um truque falhar, algo que acontece muitas vezes na presença de um público cético.

Certo dia enquanto andava pelo centro de Tóquio, Geller, decidiu visitar uma loja enorme cheia de brinquedos e merchandising da saga Pokémon. Lá, acabou descobrindo a existência de "Ungeller", pokemon que no Ocidente foi batizado de Kadabra (evolução de Abra). Em seguida, ele tentado obter algum lucro, fez uma denuncia. Segundo sua denúncia, ele foi assediado por centenas de fãs japoneses que gritavam seu nome e pediam-lhe para assinar a carta com o Pokemon em questão. Não demorou muito para perceber (no intendimento dele) que a Nintendo poderia ter feito uso indevido de sua imagem e que as colheres dobradas pareciam ter ligação diretamente com ele.


Ungeller ou Kadabra na Europa, é um Pokémon com poderes psíquicos e que em um de seus estados evolutivos que carrega duas colheres dobradas usado como uma arma. Também tem uma estrela na testa e um tipo de pictograma que emula três raios na barriga.

Geller processou a Nintendo por fazer dinheiro usando o seu nome e a sua imagem, e também para apresentar uma versão caluniosa dele pois, segundo ele, os raios na barriga e a estrela na testa de Pokemon representam uma clara referência ao SS nazista. E para considerar-se satisfeito e firmar as pazes com a Nintendo, ele pediu ele queria somente 100 milhões de dólares. A denuncia foi feita, mas acabou sendo rejeitada, porque percebeu que essa historia não passava de uma tentativa de fazer fortuna com algo que mais parece uma coincidência ou homenagem.

Atualmente Uri Geller não se diz um paranormal. Hoje se dedica a vender jóias com seu design em um canal de vendas diretas pela televisão.


             http://rationalwiki.org/
             Wikipedia
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Caso Taman Shud: O Mistério do Homem de Somerton


O caso Taman Shud, também conhecido como o "Mistério do Homem de Somerton", é um inquérito criminal não solucionado acerca de um homem não identificado encontrado morto às 06:30 da manhã de 1 de dezembro de 1948 na praia de Somerton em Adelaide, Austrália. Considerado um dos "mistérios mais profundos da Austrália", o caso foi tema de intensas especulações a respeito da identidade da vítima, os eventos que levaram à sua morte e o que a teria matado.

Apesar das investigações terem sido centradas na Austrália, os mistérios envolvendo o caso acabaram atraindo atenção internacional para o crime.

Vítima

De acordo com o patologista Sir John Burton Cleland, o homem, de aparência "britânica", teria entre quarenta e quarenta e cinco anos de idade, estando em perfeitas condições físicas. Media 1,80 m de altura, com olhos castanho-claros, cabelo claro de coloração ruiva e ligeiramente grisalho em torno das têmporas, ombros largos, cintura estreita, mãos e unhas sem sinais de trabalho manual, primeiro e quinto dedos dos pés em formato triangular — como os de um dançarino ou fazendeiro (pelo uso de botas de montaria) e músculos da panturrilha definidos como os de um bailarino, um traço predominantemente genético mas desenvolvido também por maratonistas.

Ele estava vestido com uma camisa branca, gravata vermelha e azul, calça marrom, meias, sapatos e, embora o clima estivesse quente durante o dia e a noite, um suéter tricotado marrom e um casaco cinza e marrom estilo europeu. Nenhuma de suas peças de roupa traziam etiquetas e ele também não usava chapéu, fato incomum em 1948, especialmente para alguém vestindo um terno. Barbeado e sem marcas de nascença ou cicatrizes, ele não portava documento de identidade, o que levou a polícia a acreditar inicialmente que seria um caso de suicídio. Sua arcada dentária não bateu com nenhum registro analisado.

Quando os policiais chegaram ao local do crime, perceberam que o corpo não havia sido perturbado e que o braço esquerdo do homem estava em posição reta, e o direito dobrado. Um cigarro não aceso estava atrás de sua orelha, enquanto outro fumado pela metade estava no colarinho direito do casaco, alinhado à sua bochecha.7 Uma busca em seus bolsos revelou um bilhete de ônibus de Adelaide para St. Leonards em Glenelg, um subúrbio da cidade, e um bilhete de segunda-classe e não utilizado do trem de Adelaide para o subúrbio de Henley Beach, e mais um pente americano de alumínio, um pacote pela metade de chicletes Juicy Fruit, um pacote de cigarros Army Club contendo cigarros Kensitas (uma marca diferente) e uma caixa de fósforos Bryant & May. A parada do ônibus relacionado ao bilhete usado localizava-se 250 metros ao sul do lugar onde o corpo foi encontrado.

Local onde foi encontrado o corpo, marcado com um X
Testemunhas se apresentaram para declarar que na noite de 30 de novembro avistaram um indivíduo de aparência similar parado no mesmo local, próximo à instituição Crippled Children's Home onde o corpo foi posteriormente encontrado. Um casal que o viu às 07:00 da noite notou o homem esticando todo o braço direito, deixando-o cair de forma frouxa. Outro casal que o viu entre 07:30 e 08:00 da noite, horário em que os postes de iluminação ainda estavam acesos, afirmou não ter notado o homem se mexer durante todo o tempo que estivera em seu campo de visão, embora tivessem a impressão de que sua posição possa ter mudado. Apesar de comentar entre si que o homem talvez estivesse morto por não reagir aos mosquitos que o rodeavam, o último casal pensou que ele poderia estar ou bêbado ou dormindo, e sendo assim decidiram não tomar qualquer atitude a seu respeito.

Quando o corpo foi descoberto na manhã seguinte, permanecia na mesma posição observada pelas testemunhas na noite anterior.

Autópsia

Uma autópsia foi realizada, concluindo que a hora da morte foi por volta das 02:00 da manhã de 1 de dezembro. Entre as observações do laudo final estavam:

-O coração estava em seu tamanho normal, e normal em todos os demais aspectos (...) pequenos vasos incomuns de serem encontrados no cérebro eram facilmente discerníveis com congestão. A faringe estava congestionada, e o esôfago coberto por branqueamento das camadas superficiais da mucosa, com uma trilha medial de ulceração. O estômago estava profundamente congestionado (...) havia congestão também na 2ª metade do duodeno. Havia sangue misturado ao alimento no estômago. Ambos os rins estavam congestionados, e o fígado continha grande excesso de sangue em seus vasos (...) o baço apresentava inchaço expressivo (...) de aproximadamente 3 vezes seu tamanho normal (...) exame microscópico revelou a destruição de lóbulos do fígado (...) hemorragia gástrica aguda, congestão extensiva do fígado e baço, e congestão do cérebro.

Apesar da revelação de que a última refeição do homem teria sido um pastel assado consumido três ou quatro horas antes da morte, testes e exames não conseguiram revelar qualquer substância estranha em seu organismo. O patologista Dr. Dwyer concluiu: "Estou convencido de que a morte não foi natural (...) suponho que o veneno utilizado pode ter sido um barbitúrico ou um hipnótico solúvel". Embora o envenenamento tenha permanecido como principal suspeita, chegou-se à conclusão de que o pastel não foi a fonte do veneno. Para além disso, o legista não pôde chegar a uma conclusão acerca da identidade do homem, a causa de sua morte ou se a pessoa vista na Praia de Somerton na noite de 30 de novembro era o mesmo homem, pois não surgiram testemunhas que tenham visto seu rosto enquanto ele ainda estava vivo. A Scotland Yard foi chamada para ajudar no caso, alcançando resultados mínimos, e apesar de uma fotografia do homem e sua impressão digital circularem ao redor do mundo, nunca se chegou a uma identificação positiva.

Devido à não-identificação, o cadáver foi embalsamado em 10 de dezembro de 1948, o primeiro registro da realização de tal procedimento na história da polícia australiana.

Reação da mídia

Os dois jornais diários de Adelaide, The Advertiser e The News, cobriram o caso de maneira distinta. O Advertiser, um standard matutino, mencionou a morte pela primeira vez em um pequeno artigo na página três de sua edição de 2 de dezembro de 1948. Intitulado "Corpo encontrado na Praia", o texto trazia:

-Um corpo, que acredita-se ser de E.C. Johnson, de aproximadamente 45 anos, da Rua Arthur, Payneham, foi encontrado na Praia de Somerton, defronte ao Crippled Children's Home na manhã de ontem. A descoberta foi feita pelo sr. J. Lyons, da Estrada Whyte, Somerton. Os detetives H. Strangway e Constable J. Moss estão investigando.

O News, um tabloide vespertino, apresentou a história em sua primeira página, divulgando mais detalhes sobre o cadáver.

Identificação do corpo

Em 3 de dezembro, E.C. Johnson foi descartado como suspeito, pois se apresentou a uma delegacia de polícia para se identificar. No mesmo dia, o News publicou em sua primeira página uma fotografia do morto, o que levou a mais denúncias sobre a possível identidade do homem. No dia seguinte, a polícia anunciou que as digitais do morto não constavam em seus registros, o que os forçou a expandir as investigações. No dia 5 de dezembro, o Advertiser divulgou que a polícia estaria pesquisando registros militares em busca de um homem que supostamente teria bebido com outro de aparência similar ao morto em um hotel em Glenelg no dia 30 de novembro. Durante seu encontro, o homem misterioso teria apresentado um cartão de aposentadoria militar que trazia o nome "Solomonson".

Algumas tentativas de identificar o corpo foram realizadas, incluindo uma no começo de janeiro de 1949 quando duas pessoas o identificaram como sendo o ex-lenhador Robert Walsh, de 63 anos. A polícia respondeu com ceticismo, acreditando que Walsh seria velho demais para ser o morto, afirmando no entanto que o corpo seria consistente com o de um antigo lenhador, embora o estado de suas mãos indicassem que ele não cortava madeira há pelo menos dezoito meses. Quaisquer possibilidades de que uma identificação positiva havia sido realizada foram descartadas no entanto quando Elizabeth Thompson, uma das senhoras que havia apontado o corpo como sendo de Robert Walsh, retirou seu testemunho após ver o cadáver uma segunda vez, constatando que a ausência de uma cicatriz em particular, assim como o tamanho das pernas do morto, tornava improvável que aquele fosse mesmo Walsh.

No princípio de fevereiro de 1949, havia pelo menos oito diferentes identificações "positivas" do morto, incluindo dois homens de Darwin que acreditavam que o corpo era de um amigo deles, um ajudante de estábulo desaparecido, um funcionário de um navio a vapor e um sueco.

A mala marrom

Detetives revelam o conteúdo da mala encontrada em 1949  
O caso sofreu uma reviravolta quando, em 14 de janeiro de 1949, funcionários da Estação Ferroviária de Adelaide descobriram uma mala marrom com a etiqueta removida, que havia sido colocada no guarda-volumes da estação por volta das 11:00 da manhã de 30 de novembro de 1948. Em seu interior estavam um roupão vermelho listrado, um par de chinelos de feltro vermelho tamanho sete, quatro pares de cuecas, pijamas, utensílios de barbear, um par de calças marrom claro com areia nas barras, uma chave de fenda de eletricista, um pincel de estêncil, uma faca de mesa que fora reduzida a um instrumento de corte curto e afiado, e um par de tesouras como as usadas em navios mercantes para demarcar as mercadorias embarcadas.

Também na mala estava a embalagem de uma linha de costura laranja, um "tipo incomum" similar ao utilizado para remendar um dos bolsos da calça que o morto usava. Todas as marcas de identificação nas peças de roupa haviam sido removidas, mas a polícia encontrou o nome "T. Keane" em uma gravata, "Keane" em um saco de lavanderia e "Kean" (sem o último "e") em uma camiseta, juntamente com três marcas de lavagem a seco: 1171/7, 4393/7 e 3053/7. Os investigadores chegaram à conclusão de que a pessoa que removeu as etiquetas deixara propositalmente o nome Keane nas roupas, sabendo que ele não poderia levar à identificação de seu proprietário.

Neste primeiro momento, contudo, as roupas foram rastreadas até um marinheiro local, Tom Keane. Como ele não foi localizado, alguns de seus colegas de navio foram até o necrotério ver o cadáver, negando categoricamente que aquele era Keane ou que as roupas na mala pertenceriam a ele. Uma busca concluiu que não havia outro T. Keane desaparecido em quaisquer outros países falantes de inglês, e a divulgação nacional das marcas de lavagem a seco também provou-se infrutífera. De fato, a único item da mala que pôde ser aproveitado foi um casaco que apresentava uma nesga frontal e um desenho bordado. Determinou-se que ambos poderiam ter sido feitos apenas nos Estados Unidos, que era o único país com o maquinário necessário para tais tipos de costura. Embora os casacos fossem produzidos em massa, a confecção da nesga só era feita após o proprietário do vestuário experimentá-lo. A roupa também não havia sido importada, indicando que o homem ou visitara os EUA ou a comprara de alguém que visitara e cujo corpo era de tamanho similar ao dele.

Os policiais verificaram os registros ferroviários e chegaram à conclusão de que o homem desembarcou de um trem noturno que teria partido de Melbourne, Sydney ou Port Augusta. Eles acreditavam que o homem teria se barbeado e tomado banho no prédio vizinho do chuveiro público municipal antes de retornar à estação para comprar um bilhete para o trem de 10:50 da manhã para Henley Beach que, por alguma razão, ele perdeu ou decidiu não pegar. Após voltar do chuveiro público, ele deixou sua mala no guarda-volumes, partindo de ônibus para Glenelg. Investigações contemporâneas feitas pelo professor Derek Cabbot indicam que o homem pode ter comprado o bilhete de trem antes de tomar banho. As instalações sanitárias da estação estavam fechadas naquele dia, e depois de descobrir isso e ser obrigado a andar até o chuveiro público o homem pode ter atrasado-se até 30 minutos, o que explica o motivo de ele ter perdido o trem e embarcado no próximo ônibus disponível.

Inquérito

Um inquérito legista conduzido por Thomas Erskine Cleland para definir a causa da morte começou poucos dias após a descoberta do corpo, sendo mantido em aberto até 17 de junho de 1949. O patologista investigador Sir John Burton Cleland re-examinou o cadáver e fez diversas descobertas. Burton notou que os sapatos do homem estavam consideravelmente limpos e pareciam ter sido engraxados recentemente, ao contrário do estado esperado dos sapatos de um homem que aparentemente ficou vagando por Glenelg o dia inteiro. Ele acrescentou que esta evidência se encaixava na teoria de que o corpo pode ter sido levado para a Praia de Somerton após a morte do homem, levando em consideração a falta de evidências de vômito e convulsões, os dois efeitos principais de envenenamento.

Thomas Cleland especulou que, como nenhuma das testemunhas pôde identificar positivamente o homem que viram na noite anterior como sendo a mesma pessoa descoberta na manhã seguinte, permanecia em aberto a possibilidade do homem ter morrido em outro lugar e seu corpo ter sido abandonado na praia. Ele enfatizou que essa teoria não passava de especulação, pois todas as testemunhas acreditavam ser "definitivamente a mesma pessoa", devido ao fato do corpo ter permanecido no mesmo local e caído na mesma posição distinta. Ele também registrou não existirem evidências acerca da identidade do homem.30

Cedric Stanton Hicks, professor de Fisiologia e Farmacologia da Universidade de Adelaide, testemunhou que um grupo de drogas, variantes de uma droga em um grupo definido por ele como "número 1" e em particular "número 2", eram extremamente tóxicas em doses orais relativamente pequenas que seriam extremamente difíceis, senão impossíveis, de serem identificadas, mesmo que se suspeitasse de sua aplicação em primeiro lugar. Ele deu ao legista um pedaço de papel com os nomes de duas drogas, que foram incluídas no inquérito como "Prova C.18". Os nomes só foram divulgados ao público na década de 1980, pois então já era possível que qualquer indivíduo as encomendasse a um farmacêutico sem a necessidade de justificar a compra. Hicks notou que o único "fato" não definido em relação ao corpo foi a evidência de vômito. Ele então afirmou que esta ausência de sintoma não era desconhecida, mas que não poderia estabelecer uma "franca conclusão" sem ela. O professor afirmou ainda que se a morte tivesse ocorrido sete horas depois que o homem foi visto se mexendo, isso implicaria a ingestão de uma dose maciça que ainda assim não poderia ser detectada. Ele notou que o movimento de braço do homem, presenciado pelas testemunhas às 07:00 da noite, pode ter sido a última convulsão anterior à sua morte.

No começo do inquérito, Thomas Cleland declarou: "Eu não me surpreenderia se confirmasse que ele morreu envenenado, e que o veneno provavelmente foi um glicosídeo e que não foi administrado acidentalmente; o que eu não posso dizer é se foi administrado pelo próprio morto, ou por outra pessoa". Apesar de suas descobertas, ele não foi capaz de determinar a causa da morte do Homem de Somerton.

O fracasso em desvendar a identidade e o que levou à morte do homem levou as autoridades a definirem aquele como um "mistério sem paralelos" e acreditarem que a causa da morte jamais seja determinada. Um editorial de época chamou o caso de "um dos mistérios mais profundos da Austrália", observando que, se o homem morreu por consequência de um veneno que de tão raro e obscuro não pôde ser identificado por especialistas em toxologia, então o conhecimento avançado em substâncias tóxicas do autor do crime apontava certamente para algo muito mais sério do que um mero envenenamento doméstico.


Rubaiyat de Omar Khayyam

Anotações do Homem de Somerton feitas a lápis nas costas do livro de Omar Khayyām; presume-se que as letras formem uma espécie de código

Na mesma época do inquérito, um pedaço de papel impresso com as palavras "Taman Shud" foi encontrado em um compartimento secreto disfarçado no bolso de uma das calças do homem. Oficiais da biblioteca pública foram convocados para traduzir a nota, identificando-a como uma frase, de significado "fim" ou "terminado", encontrada na última página da coleção de poemas Rubaiyat, de Omar Khayyām — a transliteração correta de "Taman Shud" a partir do persa (idioma original dos poemas) no entanto seria "Taman Shod", ou "Tamam Shud".

O papel estava em branco no verso, e a polícia conduziu uma busca por toda a Austrália para encontrar uma cópia do livro que apresentasse um verso em branco similar àquele, não obtendo sucesso. Uma fotografia do pedaço de papel foi enviada então para departamentos de polícia interestaduais e divulgada ao público, levando uma pessoa a revelar que havia encontrado uma rara primeira edição de Rubaiyat traduzida por Edward FitzGerald e publicada na Nova Zelândia pela Whitcombe and Tombs, no assento traseiro de seu automóvel, que se encontrava estacionado destrancado em Glenalg na noite de 30 de novembro de 1948.34 Esta pessoa não sabia da conexão do livro com o caso até ver o artigo no jornal do dia anterior, e sua identidade e profissão foram mantidos em segredo pela corte, assim como as razões que levaram a esta supressão.

O livro não trazia as palavras "Taman Shud" na última página, cujo verso estava em branco, e exames de microscopia indicaram que esta página específica havia sido arrancada. O último verso de Rubaiyat, imediatamente antes de "Taman Shud", é:

And when thyself with shining foot shall pass
Among the Guests Star-scatter'd on the grass
And in your joyous Errand reach the Spot
Where I made One - turn down an empty Glass!

Esta primeira edição, publicada pela Whitcombe and Tombs, usa a palavra "shining" no lugar da palavra "silver" que é encontrada em outras traduções de FitzGerald e edições posteriores. Isto levou a polícia a teorizar que o homem havia cometido suicídio ao ingerir o veneno, embora não exista outra evidência que suporte esta teoria.

Nas costas do livro, encontravam-se algumas anotações feitas fracamente com um lápis. Após exame ultravioleta, foi possível ler cinco linhas de letras maiúsculas, com a segunda delas riscada. As letras riscadas foram posteriormente consideradas significantes por sua similaridade com as da quarta linha, indicando provavelmente um erro e, mais além, uma possível prova de que as letras seriam um código:

MRGOABABD
MLIAOI
MTBIMPANETP
MLIABOAIAQC
ITTMTSAMSTGAB

Um número de telefone que não constava no catálogo também foi encontrado nas costas do livro. O número pertencia a uma ex-enfermeira que morava na Rua Moseley em Glenelg, situada a 800 metros do local onde o corpo foi encontrado. A mulher declarou que, enquanto trabalhava no Royal North Shore Hospital em Sydney durante a II Guerra Mundial, era dona de uma cópia do Rubaiyat mas que em 1945, no Clifton Gardens Hotel em Sydney, deu-a de presente a um tenente do exército chamado Alfred Boxall, que servia então na Seção de Transporte de Água do Exército da Austrália.

De acordo com informações divulgadas pela mídia, a mulher afirmou que depois da guerra mudou-se para Melbourne e se casou. Tempos depois ela teria recebido uma carta de Boxall, mas respondeu-lhe que já havia se casado. Ela acrescentou ainda que no final de 1948 um homem misterioso perguntara a seu vizinho de porta informações sobre ela. Tendo como base o molde em gesso feito da cabeça até os ombros do cadáver, ela não foi capaz de identificá-lo como sendo Boxall. De acordo com um detetive presente, sua reação ao ver o molde foi de "completa surpresa, a ponto de dar a impressão de que ela estava prestes a desmaiar." Em uma entrevista em 2002, o técnico que fez a molde, se refere a ela como "Sra. Thomson", e observou que depois de olhar para o busto ela imediatamente desviou o olhar e não voltou a olhar para ele de novo.

A polícia ainda assim acreditou que o morto fosse Boxall, até encontrá-lo vivo e com sua cópia do Rubaiyat, completa com o "Taman Shud" na última página. Boxall agora trabalhava no setor de manutenção do Depósito de Ônibus de Randwick (onde trabalhara antes da guerra) e não fazia idéia da ligação entre ele e o homem morto. No frontispício de sua cópia do Rubaiyat, a mulher havia copiado o verso 70:

Indeed, indeed, Repentance oft before
I swore--but was I sober when I swore?
And then and then came Spring, and Rose-in-hand
My thread-bare Penitence a-pieces tore.

Quando questionado por repórteres sobre o significado do verso, Boxall desconversou, dando uma resposta evasiva.

A mulher vivia agora em Glenelg, mas negou conhecer qualquer detalhe sobre o morto ou o motivo de sua visita ao subúrbio que ela morava na noite em que morreu. Ela solicitou então que, uma vez que havia se casado, seu nome fosse omitido do inquérito policial para evitar quaisquer constragimentos ao tê-lo ligado ao morto e Boxall. A polícia concordou, impossibilitando que investigações subsequentes contassem com uma das melhores pistas do caso. Em um programa de TV dedicado ao crime, no segmento em que Boxall é entrevistado, o nome da mulher é citado por um narrador como Jestyn, obtido aparentemente da assinatura JEstyn que vinha após o verso escrito no frontispício do livro (provavelmente um apelido usado por ela na intimidade). Seu nome verdadeiro é considerado importante pela possibilidade de ser a chave que ajude a desvendar o código. Pesquisadores contemporâneos que investigam o caso tentaram rastrear Jestyn, descobrindo que ela morrera em 2007.

Pós-inquérito


Funeral do Homem de Somerton, realizado em 14 de junho de 1949

Após o inquérito, foi feito um molde em gesso da cabeça e ombros do homem, e ele foi então sepultado no cemitério West Terrace em Adelaide. Os serviços fúnebres foram conduzidos pelo Exército de Salvação, e a The South Australian Grandstand Bookmakers Association arcou com as despesas para evitar que o homem fosse enterrado como indigente.

Anos depois do enterro, flores começaram a ser depositadas sobre o túmulo. A polícia questionou uma mulher vista deixando o cemitério, mas ela negou que soubesse qualquer coisa sobre o homem. Na mesma época, uma recepcionista do Strathmore Hotel, que ficava em frente à Estação Ferroviária de Adelaide, revelou que um estranho havia se hospedado no quarto 21 no mesmo período da morte, deixando o hotel em 30 de novembro de 1948. Ela relembrou que as faxineiras encontraram no quarto uma caixa médica preta e uma seringa hipodérmica.

Em 1978, a Australian Broadcasting Corporation produziu um programa sobre o caso. Intitulado The Somerton Beach Mystery, mostrou o repórter Stuart Littlemore conduzindo uma investigação sobre o mistério, incluindo entrevistas com Boxall, incapaz de acrescentar novas informações ao caso, e Paul Lawson, responsável pelo molde do corpo, que recusou-se a responder uma pergunta sobre se alguém identificara positivamente o morto.

O caso ainda é considerado "aberto" pela Força Tarefa Criminal da Polícia do Sul da Austrália e o busto, contendo fibras capilares do homem, é conservado até hoje pela Sociedade Histórica da Polícia do Sul da Austrália. Tentativas posteriores de identificar corretamente o corpo foram atrapalhadas pelo fato de o formaldeído utilizado no embalsamento ter destruído grande parte do DNA, além do desaparecimento de evidências chave como a mala marrom, destruída em 1986, e vários depoimentos, que sumiram dos arquivos da polícia com o passar dos anos.

Fonte:http://www.seganet.com.br/

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Unidade 731


No subsolo das ruas japonesas da capital Tóquio há um depósito de restos humanos. Os tralhadores de Shinjuku, um famoso bairro da cidade, ficaram horrorizados. A notícia se deu em 1989. Incapaz de ocultar a verdade, o governo do Japão revelou o mais terrível segredo da Segunda Guerra Mundial. A poucos metros dali, esteve localizado o laboratório de Shirô Ishii, pai do programa de guerra biológica do Japão: a Unidade 731.

Os cobaias humanos usados em suas experiências na Segunda Guerra foram trazidos da base da Manchúria para o laboratório. No fim da guerra, os restos mortais dessas pessoas foram enterrados numa fossa e foram descobertos em 1989. Durante 40 anos, as atividades da Unidade 731 foram o segredo mais bem guardado do governo japonês, mas anotações de um oficial da Unidade 731 descreviam as experiências biológicas em seres humanos.

A Unidade 731 foi construída com mão-de-obra forçada dos chineses. No centro, havia um prédio, o "Castelo Zhong Ma", que mantinha os prisioneiros.

Os prisioneiros eram numerados em ordem crescente até o número 500 e eram desde bandidos, criminosos ou pessoas suspeitas. Eles eram bem alimentados e se exercitavam sempre, para a obtenção de "bons resultados científicos".

Sempre que Ishii precisava de um cérebro humano, mandava que seus empregados obtivessem o órgão. Enquanto o prisioneiro era capturado por um dos guardas, que expremia seu rosto contra o chão, um outro quebrava-lhe o crânio com um machado. Então, era só pegar o órgão e levar as pressas para o laboratório de Ishii. Os restos do prisioneiro eram jogados no crematório num campo.


As primeiras experiências foram com doenças contagiosas, como a peste. Em um dos testes, guerrilheiros chineses foram infectados com bactérias da peste. Alguns dias depois, os infectados contorciam-se com febres de 40 Cº.

Alguns foram envenenados com gases tóxicos, outros foram submetidas a choques de até 20 mil volts. Os poucos sobreviventes recebiam injeções letais.

Dentre outras experiências, realizava-se amputação de membros seguida de hemorragias não controladas, visando simular situação de batalha; sepultamento de pessoas vivas e avaliação de efeitos da necrose e da gangrena sobre a pela humana. Também há relatos de induções experimentais de acidentes vasculares cerebrais, infartos agudos do miocárdio, embolismo gasoso, dentro outros.

A maioria dos prisioneiros eram homens entre 20 e 40 anos, mas testemunhas confirmam a presença de crianças e mulheres grávidas nos experimentos fatais. Havia atos sexuais forçados, por prisioneiros infectados, com objetivo de se estudar doenças sexualmente transmissíveis.

Em 1931, Ishii tinha campos de concentração tão grandes como os da Alemanha nazista. Durante o rigoroso inverno na Manchúria, experiências com congelamento foram desenvolvidas. Alguns prisioneiros eram deixados nus, ficando submetidos a temperaturas negativas e seus membros eram golpeados com paus até que se produzissem sons secos e metálicos indicando que o processo de congelamento estava concluído. Aí os corpos eram descongelados com procedimentos experimentais.

No livro Fábricas da Morte, o autor Sheldon Harris descreve outras experiências, como a suspensão de indivíduos de cabeça para baixo, para determinar quando morreriam asfixiados. É quase indescritível a prática de injetar ar nos prisioneiros para acompanhar a evolução das embolias. Em outros indivíduos, era injetada urina de cavalo em seus rins.

Sem remorso, Ishii escrevia relatórios com os resultados das experiências, só que nos relatórios, os cobaias eram os macacos. Os empregados de Ishii deviam fazer um juramento onde não podiam revelar as experiências da Unidade 731.


Os EUA sabiam que Ishii havia realizado experimentos biológicos e apreciavam essas vantagens da guerra biológica. Os aliados queriam obter detalhes dos experimentos de Ishii. Ao término da guerra, os cientistas de Fort Detrick, de Maryland, onde ficavam as instalações de guerra biológica nos EUA, nenhuma das partes considerou as implicações éticas que o assunto envolvia.

Os Estados Unidos não queriam que os soviéticos soubessem as informações de Ishii, então fizeram um pacto com o chefe da Unidade 731. Os prisioneiros de guerra que sobreviviam e conseguiam escapar, davam depoimentos sobres as experiências que foram feitas neles. Se estes depoimentos se tornassem conhecidos... Então os fatos passaram a ser encobridos.

Com a descoberta dos corpos em 1989, a história veio a tona e os ex-prisioneiros começaram a relatar suas experiências.

"Que me mantêm se não a verdade, pois jamais esquecerei", declarou furiosamente Joseph Gozzo, antigo engenheiro de aviação, que atualmente vive em San José, Califórnia. Enquanto esteve preso, foi usado em experiências onde teve bastões de vidro introduzidos no seu reto. "não posso acreditar que o nosso governo os tenha deixado livres", disse.

Em 1986, o ex-prisioneiro de guerra Frank James relatou suas lembranças a um comitê do congresso dos Estados Unidos. "Éramos apenas pequenas peças de um jogo, sempre soubemos que existia um encobrimento", afirmou James.

Max McClain, outro ex-prisioneiro, lembra que junto com seu companheiro de cela, George Hayes, eram postos em filas para receberem injeções. Dois dias depois, Hayes lamentava-se: "Mac, não sei o que esses desgraçados me deram, mas sinto-me muito mal". Naquela mesma noite, dissecaram Hayes.

Obviamente, o governo dos EUA e Japão negaram que as atrocidades tivessem realmente ocorrido. Em 1993, o segredo oficial tornou-se público com a abertura dos relatórios das experiências biológicas.

Shirô Ishii morreu em 1959 sem mostrar nenhum sinal de arrependimento.

Shirô Ishii

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

As origens do Tarot



Cartas de Tarot são comumente usadas ​​em práticas de adivinhação e ocultismo. Acredita-se que a leitura dessas cartas dão ao leitor uma visão do futuro e permitem que ele busque aconselhamento. Alguns acreditam que as cartas são guiadas por uma força espiritual, enquanto outros creem que elas ajudam o leitor a explorar seu próprio subconsciente, ou mesmo o inconsciente coletivo - uma piscina universal de imagens, idéias e conceitos inatos para todos os seres humanos e teorizado por Carl Jung.

Contudo, as cartas de Tarot nem sempre foram usadas para adivinhação. Quando apareceram pela primeira vez na Europa no século XV, elas eram usadas apenas como um jogo de cartas comum, e aparentemente sem conexões místicas. Foi apenas durante o século XVIII que os ocultistas começaram a usá-las amplamente e os sistemas de adivinhação começaram a se desenvolver.

As primeiras cartas de Tarot foram aparentemente criadas entre 1430 e 1450 no norte da Itália, apesar de que cartas semelhantes foram usadas séculos antes. Elas rapidamente se espalharam por todo o norte da Itália, e se tornaram um jogo popular entre os nobres.


Embora o uso generalizado do Tarot no ocultismo tenha começado no século XVIII, ele já era usado com menos frequência, porém com a mesma finalidade desde meados do século XVI. Um livro escrito em 1540 descrevia um método simples de adivinhação, em que cartas de Tarot eram usadas como oráculo, embora elas não tivessem quaisquer significados em si mesmas.

Certos manuscritos em 1735 e 1750 descreveram um sistema divinatório simples utilizando cartas de Tarot, mas a sua verdadeira iniciação no ocultismo pode ser rastreada até Antoine Court de Gebelin em 1781. Ele acreditava que a origem do Tarot vinha do Egito antigo, e que o simbolismo contido nelas era o conhecimento perdido do misticismo e magia egípcia, escondido em um jogo simples por sacerdotes egípcios. Antoine Gébelin também afirmou que o Tarot foi trazido para a Europa pelo povo Romani (ciganos), que ele acreditava serem descendentes dos antigos egípcios.


Quando hieróglifos egípcios foram decifrados, não havia nada neles que apoiassem as teorias de Gebelin. No entanto, a crença de que as cartas de Tarot são originárias do antigo Egito tornou-se firmemente enraizada em práticas ocultas e usadas até hoje.

No século 19, o famoso ocultista Eliphas Lévi conectou o Tarot á Cabala, o sistema judaico de misticismo. Isso alimentou uma nova crença de que as cartas são chaves para os antigos mistérios da Árvore da Vida - uma crença preservada até hoje na Cabala Hermética, a tradição mística ocidental que inclui elementos da Cabala judaica, astrologia, alquimia, religiões pagãs e magia angelical enoquiana,  dentre outros.

O Tarot é composto por um simbolismo arquetípico que atravessa as fronteiras da cultura e do tempo. É por isso que tem sido associado a quase todos os sistemas místicos e religiões conhecidas pelo homem, e muitos grupos o reconheceram como um corpo universal de conhecimento, relevante para qualquer caminho e crença.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Dama Tóxica


A “Dama Toxica" é o apelido pelo qual ficou conhecida Gloria Ramirez, uma dona de casa cuja morte acarretou uma serie de problemas de saúde na equipe medica que cuidou de seu caso.

Gloria era uma dona de casa comum de ascendência mexicana, tinha dois filhos e trabalhava em uma escola primária. Por volta de 20:15h do dia 19 de Fevereiro de 1994, Gloria foi levada por paramédicos para a emergência do Hospital Geral Riverside, devido aos efeitos de um avançado câncer no colo do útero. Gloria estava extremamente confusa, além de estar com um quadro de taquicardia, sua respiração estava lenta e decrescente. Os médicos injetaram diazepam, midazolam e lorazepam para sedá-la. 

Como Gloria estava respondendo mal ao tratamento, tentaram desfibrilar seu coração. Nesse momento a equipe viu um brilho oleoso cobrindo o corpo dela, e sentiram um cheiro de alho que acreditavam estar vindo de sua boca. Uma enfermeira da equipe, Susan Kane, tentou tirar sangue do braço de Gloria e notou um cheiro de amônia exalando do tubo.

Ela passou a seringa para Julie Gorchynski, médica residente, que viu partículas amareladas flutuando no sangue da seringa. Em seguida a enfermeira Susan desmaiou e foi removida da sala. Pouco depois, a medica Julie começou a sentir náuseas, tonturas e também deixou a sala. Um membro da equipe perguntou se ela estava bem, mas antes que pudesse responder, ela também desmaiou. Maureen Welch, um terapeuta que estava ajudando na sala foi o terceiro a passar mal e sair da sala.

A equipe pediu para que todos os pacientes da ala de emergência fossem para o estacionamento fora do hospital. No total, 23 pessoas adoeceram e cinco foram hospitalizadas. Uma equipe reduzida ficou para traz cuidando de Gloria. 45 minutos após dar entrada na emergência Gloria foi declarada morta por insuficiência renal relacionada ao câncer.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos da Califórnia colocou dois cientistas, Drs. Ana Maria Osorio e Kirsten Waller, no caso. Eles entrevistaram 34 funcionários que trabalhavam na ala de emergência do hospital em 19 de fevereiro. Usando um questionário padronizado, Osorio e Waller descobriram que as pessoas que haviam desenvolvido sintomas graves, tais como perda de consciência, falta de ar e espasmos musculares, tinham algumas coisas em comum: estavam perto de Gloria ou entraram em contato com seu corpo e por isso estavam em alto risco.

Mas outros fatores que se correlacionaram com sintomas severos não pareciam ter relação com a fumaça liberada pelo corpo de Gloria. A pesquisa constatou que as mulheres apresentaram mais sintomas que os homens, e todos eles tinham exames de sangue normais após a exposição. Os investigadores acreditavam que os funcionários do hospital tiveram uma crise de histeria em massa.

A médica Julie Gorchynski negou ter sido afetada por histeria em massa e usou seu próprio histórico médico como prova. Após a exposição, ela passou duas semanas na unidade de cuidados intensivos com problemas respiratórios. E tambem desenvolveu hepatite e necrose avascular em seus joelhos. Ansiosas para esclarecerem a história e ganhar seus processos contra o hospital, ela e a enfermeira Susan Kane contataram o Laboratório Nacional Lawrence Livermore.

O laboratorio Livermore postulou que Gloria tinha utilizado dimetilsulfóxido (DMSO), um solvente usado como um poderoso desengordurante, como remédio caseiro para dor. Os utilizadores deste solvente relatam que ele tem um sabor semelhante ao de alho. Vendido em forma de gel em lojas de ferragens, ele também poderia explicar o aspecto gorduroso do corpo de Gloria. Os cientistas de Livermore teorizam que o DMSO no sistema de Gloria poderia acumularam devido ao bloqueio urinário causado por sua insuficiência renal.

O oxigênio administrado pelos paramédicos teria se combinado com o DMSO e formado dimetilsulfona (DMSO2), que é conhecido por cristalizar em temperatura ambiente, e esses cristais eram as partículas encontradas em algumas amostras do sangue retirado de Gloria. Os cientistas de Livermore postularam na The New Detectives que a mudança na temperatura do sangue coletado do corpo de Gloria sala de emergência, pode ter contribuído para a sua conversão de DMSO2 em DMSO4. Choques elétricos administrados durante a desfibrilação de emergência poderiam ter convertido então a DMSO2 em dimetil sulfato (DMSO4), um poderoso gás venenoso, a exposição a que poderia ter causado os sintomas relatados do pessoal da sala de emergência.

Não há razão para duvidar desta explicação particular, no entanto, uma vez que a conversão química de DMSO a dimetil sulfato nunca foi relatada em qualquer literatura química e mecanicamente é implausível.

O gabinete do Riverside Coroner aceitou a conclusão de DMSO como a provável causa dos sintomas dos médicos do hospital, enquanto a família da falecida discordou do laudo. Então dois meses após a sua morte, a família de Gloria contratou um patologista e seu corpo passou por uma autópsia independente. O patologista foi incapaz de determinar a causa da morte, porque seu coração estava faltando, seus outros órgãos estavam contaminados com matéria fecal, e seu corpo estava muito decomposto. Dez semanas após sua morte, Gloria foi enterrada em uma cova anônima no Olivewood Memorial Park, em Riverside.

A possível explicação química para este incidente por Patrick M. Grant do Forensic Science Center Livermore está começando a aparecer em livros didáticos de ciência básica forense. Nesses livros os autores opinaram que, apesar de algumas discrepâncias existirem, o cenário postulado é "a explicação mais científica até à data" e que " além desta teoria, nenhuma explicação credível jamais foi oferecida para o estranho caso de Gloria Ramirez."

Fonte: wikipedia
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Comunicado

Saudações Bizarrinhos

Eu (Dama Gótica) e o Sleipnir (Portal dos Mitos) estamos melhorando a aparência do blog e as postagens. E essas modificações e correções se tornarão mais rápidas com a ajuda de vocês. Então caso encontre algum erro nas postagens (claro que vão encontrar) deixe um recado aqui citando a postagem e lhe daremos prioridade. Qualquer outra coisa que esteja atrapalhando o blog e você ache que necessita mudar notifique aqui também. 

Conto com a ajuda de todos vocês.

Atenção os banners do blog foram atualizados.


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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Radium Girls


As Radium Girls ou "Meninas Radioativas" foram operarias que contraíram contaminação por Rádio após serem contratadas para pintar painéis de relógios de fabricas com tintas fluorescentes no ano de 1917.


A empresa US Radium Corporation foi uma das principais fornecedoras de relógios fluorescentes para militares. Sua fábrica em Ottawa, Illinois, empregava mais de uma centena de trabalhadores, e sua grande maioria eram mulheres, que pintavam a fachada de relógios que brilhavam no escuro. Enquanto os proprietários das fabricas e cientistas familiarizados com os efeitos da rádio cuidadosamente evitavam qualquer exposição utilizando telas, máscaras e pinças de chumbo, a mulheres não tinham qualquer tipo de segurança, e haviam sido convencidas de que a tinta era absolutamente segura.

Estima-se que 4.000 trabalhadores foram contratados por empresas nos EUA e Canadá por pintar painéis de relógio com rádio. A tinta era uma mistura de cola, água e rádio em pó, que era aplicada nos painéis utilizando pelo de camelo como pincel. A taxa de pagamento na época era de 8 centavos para cada marcação. Os pinceis perdiam a forma pontuda após algumas pinceladas, por isso os supervisores das operarias as orientavam a lamber as pontas dos pinceis para manter suas pontas finas. Por não saber sobre os riscos, as funcionarias aproveitavam e pintavam as unhas e dentes com a tinta mortal das fabricas. Muitos funcionários acabaram ficando doentes e até morreram devido a exposição a radiação.


Muitas das mulheres começaram a sofrem de anemia, fraturas ósseas e necrose da mandíbula, uma condição hoje conhecida como "radium jaw". Acredita-se que as máquinas de raios-X utilizadas pelos médicos e investigadores tenham contribuído para alguns dos problemas de saúde dos trabalhadores que adoeceram, submetendo-os à radiação adicional. 

Uma ex-operária da fábrica, Grace Fryer em 1922, começou a sentir os efeitos da radiação em seu corpo quando seus dentes começaram a ficar moles e cair sem nenhuma razão aparente. Seus problemas foram agravados quando sua mandíbula começou a ficar inchada e inflamada. Então ela procurou a ajuda de um médico para diagnosticar os sintomas inexplicáveis. Usando uma máquina de raio-X primitiva, o médico descobriu deterioração óssea grave, do tipo que ele nunca tinha visto antes. Seu maxilar estava semelhante a uma colmeia com pequenos furos, em um padrão aleatório que lembrava tecidos roídos por traças.



Três anos depois que os problemas de saúde de Grace começaram, o medico que cuidava de seu caso sugeriu que seu trabalho anterior na US Radium teria causado seus problemas no maxilar. Quando ela começou a explorar a possibilidade, especialista da Universidade de Columbia chamado Frederick Flynn pediu para examiná-la, e declarou que ela estava com a saúde perfeita. Algum tempo depois foi descoberto que Flynn não era médico, nem estava licenciado para praticar medicina, mas ele era um toxicólogo funcionário da US Radium, e que o "colega" que esteve presente durante o exame da funcionaria e que tinha confirmado o diagnóstico era um dos vice-presidentes de US Radium também.

Como uma série de médicos tentaram resolver misteriosa doença de Grace, casos semelhantes começaram a aparecer em toda a sua cidade natal, Nova Jersey. Um dentista em particular tomou conhecimento do número anormalmente elevado de mandíbulas deterioradas entre as mulheres locais, o que levou a uma investigação para descobrir uma linha comum; todas as mulheres tinham sido empregadas pela mesma fábrica de pintura de painéis em um momento ou outro.


As empresas envolvidas com a radiação negavam as acusações de que os trabalhadores doentes estavam sofrendo pela exposição ao rádio. Por algum tempo, médicos, dentistas e pesquisadores a pedido das empresas ocultaram toda situação, e por insistência das mesmas, atribuíram as mortes de trabalhadores a outras causas como sífilis, que era uma doença muito notória na época, e que foi frequentemente citada em tentativas de manchar a reputação das mulheres.

Grace Fryer decidiu processar a US Radium, mas demorou dois anos ate ela encontrar um advogado disposto a assumir o caso. Mesmo depois que as mulheres encontraram um advogado, os tribunais lentos estenderam o caso por meses. Em sua primeira aparição no tribunal em janeiro 1928, duas mulheres foram acamadas e nenhuma delas podia levantar os braços para prestar juramento. Um total de cinco trabalhadoras da fábrica - Graça Fryer, Edna Hussman, Katherine Schaub e irmãs Quinta McDonald e Albina Larice - apelidadas de "Radium Girls", se juntaram ao grupo. A contenção e comoção da mídia em torno do caso estabeleceram precedentes legais e provocou a promulgação de regulamentos que regem as normas de segurança de trabalho.


A história do abuso cometido contra os trabalhadores se distingue da maioria desses casos pelo fato de que a contenção que se seguiu foi amplamente coberta pela mídia. A saga "Meninas Radio" ocupam um lugar importante na história tanto do campo da saúde física quanto nos movimento dos direitos trabalhistas. O direito dos trabalhadores individuais de processar por danos devido ao abuso de trabalho foi estabelecido como resultado do caso Radium Girls. Na sequência do caso, as normas de segurança industrial foram comprovadamente reforçadas por muitas décadas. 

O caso foi resolvido no outono de 1928, antes do julgamento foi deliberado pelo júri, e sua liquidação para cada uma das funcionarias afetadas foi de US $ 10.000 (equivalente a $ 138.000 em 2015) US $ 600 por ano de anuidade (equivalente a $ 8.300 em 2015) enquanto viveram, e todas as despesas médicas e legais incorridas também seriam pagas pela empresa. 

A ação resultante da publicidade foi um fator no estabelecimento dos direitos de pintores de painéis com radio, e foram instruídos nas devidas precauções de segurança e providos de equipamentos de proteção; em particular, eles não utilizam mais os lábios para dar forma aos pincéis evitando ingerir ou respirar a tinta. As pinturas com radio foram usadas em mostradores ate o final dos anos 60.

Fontes: Wikipedia
              http://www.damninteresting.com

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Albert Hamilton Fish - O papão da Vida Real


Albert Hamilton Fish foi um pedófilo, masoquista, serial killer e canibal, também conhecido como Gray Man, Werewolf of Wysteria (Lobisomem de Wysteria), the Brooklyn Vampire (Vampiro de Brooklyn) e The Bogeyman (Papão). Fish gabou-se de ter “tido crianças em cada estado” e afirmou que molestou cerca de 100 crianças. 

Albert Fish nasceu em Washington em 19 de Maio de 1870. O seu pai tinha quarenta e três anos a mais que sua mãe e vários membros da sua família tinham doenças mentais, alem de um tio que sofria de fixações religiosas. Quando Fish tinha 5 anos, seu pai morreu após um ataque cardíaco e sua mãe deixou-o num orfanato. Lá, ele era frequentemente agredido e, com o passar do tempo, acabou descobrindo que gostava de sentir dores físicas, além de ter ereções quando era agredido. Aos 7 anos sua mãe o tirou de lá porque havia conseguido um emprego.

Em 1882, aos 12 anos, Fish começou uma relação homossexual com um rapaz que trabalhava no telégrafo, que o incentivou a beber urina e a praticar coprofagia. Fish começou a visitar banheiros públicos onde observava rapazes despirem-se e onde passava grande parte dos seus fins de semana. Em 1898 a sua mãe arranjou-lhe casamento com uma mulher nove anos mais nova. Eles tiveram seis filhos: Albert, Anna, Gertrude, Eugene, John e Henry Fish. Um ano depois, mudaram-se para Nova York, onde ele começou a ter relações sado-masoquistas homossexuais. Em Nova York, ele começou a trabalhar com prostituição e estuprar crianças. Depois acabou largando a prostituição começou a trabalhar como pintor, mas continuava a molestar meninos, a maioria com menos de seis anos.

Um dia, um dos seus amantes levou-o a um museu de cera, onde Fish ficou fascinado com a bissetriz de um pênis. Pouco depois desenvolveu um interesse mórbido por castração. Durante uma relação com um rapaz de 19 anos, Thomas Kedden, com quem teve um relacionamento extraconjugal à base do sadomasoquismo, Fish tentou castrá-lo. Ao que tudo indica, o jovem Kedden tinha problemas mentais. Ele estava disposto a matar o amante, levou-o até uma fazenda isolada, torturou-o até o limite, cortou metade de seu pênis fora, mas desistiu na última hora de matá-lo. Ao invés disso, o jovem assustou-se, deu 10 dólares a Fish e fugiu.

Em Janeiro de 1917 a sua mulher o trocou por John Straube. Depois disto, Fish começou a ouvir vozes. Uma vez enrolou-se num carpete, explicando que estava a seguir instruções do apóstolo João. E também começou a se auto mutilar – inclusive com a ajuda dos filhos, que o surravam com uma raquete cheia de pregos. A esta altura Fish tinha uma grande necessidade de masoquismo: pegava bolas de algodão, embebia-as em álcool, colocava fogo e introduzia no seu ânus, começou a espancar-se a si mesmo com um remo e espetava agulhas no seu corpo, entre o seu reto e o seu escroto. Normalmente ele retirava-as, mas começou a inseri-las tão profundamente que já não as conseguiu tirar. Raios X feitos posteriormente revelaram 27 agulhas na sua região pélvica.


Aos 55 anos começou a sofrer alucinações. Fish acreditava que Deus lhe ordenava a torturar e castrar meninos. Os médicos afirmaram que Fish sofria de uma psicose religiosa. Em 1910 começou uma onda de homicídios. Atacou um menino em Wilmington, Delaware. Depois apunhalou outro mentalmente retardado em 1919 Georgetown,Washington, D.C.. As suas vítimas preferidas eram meninos com doenças mentais ou negros, porque ele achava que não seriam procurados.

Por volta de 1920, Fish viajou por 23 estados americanos pintando casas. Ele via nesse trabalho a oportunidade perfeita para cometer suas atrocidades com crianças. Fish lia frequentemente a bíblia e dizia que a voz de Deus o mandava matar. Em Julho de 1924, Fish encontrou uma garota, de 8 anos, brincando sozinha na fazenda de seus pais, e ofereceu-lhe dinheiro para o ajudar a procurar ruibarbo nos campos vizinhos. A garota estava prestes a ir com Fish, mas a sua mãe apareceu e o afugentou. Fish ainda voltou à fazenda e tentou dormir no celeiro, mas o pai da garota o colocou pra fora.

No dia 25 de Maio de 1928 um jovem chamado Edward Budd pôs um anúncio no jornal a procura de emprego. Três dias depois, Fish, visitou a família de Budd, sob o pretexto de contratar Edward. Ele apresentou-se com uma identidade falsa, e foi então que conheceu Grace, irmã de Budd, com 10 anos. Fish prometeu emprego ao rapaz e disse que voltaria em alguns dias. Na sua segunda visita ele contratou Budd, e convenceu seus pais a deixar Grace acompanhá-lo em uma festa de aniversário naquela tarde, na casa de sua irmã. Grace saiu com Fish e nunca mais voltou. A polícia saiu à sua caça, mas só conseguiu capturá-lo seis anos depois, em 1934, quando o próprio Fish enviou uma carta anônima aos pais de Grace detalhando todo o processo de tortura, assassinato e ingestão do corpo da menina. 

Em 11 de Fevereiro de 1927, Billy Gaffney e seu amigo, Billy Beaton, brincavam no corredor de fora do seu apartamento. Ambos acabaram desaparecendo, mas algum tempo depois Billy Beaton foi encontrado no telhado do apartamento. Quando perguntaram a Beaton o que tinha acontecido a Gaffney, ele respondeu que o papão o tinha levado. Uma testemunha viu um homem arrastando uma criança que chorava pela mãe e identificou como Fish ao ver uma foto sua no jornal. A polícia afirmou que a descrição da testemunha corresponde a Billy Gaffney, cujo corpo nunca foi encontrado. 

Na cadeia, ele assumiu a autoria de diversos assassinatos, mas foi julgado apenas pelo assassinato de Grace Budd. O julgamento do homicídio de Grace Budd começou a 11 de Março de 1935, em Nova York. Este julgamento demorou dez dias. Fish alegou insanidade e declarou ouvir vozes de Deus, que lhe diziam para matar crianças. Vários testes psiquiátricos testemunharam sobre os fetiches sexuais de Fish, bem como urofilia, coprofilia, pedofilia e masoquismo.

Um psiquiatra testemunhou a insanidade de Fish, mas o testemunho de Mary Nicholas, sua filha adotiva de 17 anos alterou esta versão. Mary afirmou que Fish tentava induzir nos seus filhos a práticas masoquistas. O juiz declarou-o são e culpado, e condenou-o à pena de morte. Fish foi executado a 16 de Janeiro de 1936, na cadeira elétrica.



Fontes: Mega Curioso
           Wikipedia
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Robert Cornish


Dr. Robert Cornish foi um brilhante cientista que dedicou grande parte de sua vida a uma audaciosa experiência de reanimação de corpos. Se ele tivesse aplicado o seu conhecimento para um assunto diferente, poderia ter mudado o mundo para melhor. Infelizmente, ele ficou obcecado com a ideia.
Robert E. Cornish nasceu em 21 de dezembro de 1903, ele era uma criança prodígio, que se formou aos 18 anos na universidade de Berkeley, Califórnia, e recebeu seu doutorado aos 22. Ele trabalhou em vários projetos, incluindo um que permitia a leitura de jornais debaixo de água com o uso de lentes especiais. Em 1932, ele passou a se interessar pela ideia de restaurar a vida aos mortos. 

Seu status na Berkeley significava que ele poderia voltar como pesquisador e realizar seus estudos relativamente ininterruptamente durante toda a década de 1930. Cornish acreditava que um corpo que não tinha sofrido muitos danos em seus órgãos internos poderia ser reanimado usando uma máquina semelhante a uma gangorra, que iria movimentar o corpo e reiniciar a circulação sanguínea com o auxilio de uma boa dose de anticoagulantes. 

Em 1933, Robert tentou reanimar vítimas de ataque cardíaco, afogamento e eletrocussão, mas não obteve sucesso. Cornish decidiu aperfeiçoar seu método em animais e conseguiu reviver dois cães (Lázaro IV e V) clinicamente condenados à morte em 22 de maio 1934 e em 1935. Seus esforços foram até mesmo transformados em um filme de 1935 onde Cornish teve uma participação especial.


Em seguida, veio o seu verdadeiro desafio - reanimar um ser humano. Seu maior obstáculo era encontrar uma cobaia para teste. Durante anos, ele enviou pedidos a várias prisões para deixá-lo usar criminosos executados recentemente. Em 1948, Cornish finalmente encontrou sua cobaia. Um assassino de crianças chamado Thomas McMonigle estava disposto a usar a "gangorra" depois de ser executado, e a penitenciaria San Quentin, onde Thomas era prisioneiro, estava aparentemente disposta a deixá-lo. 

No entanto, houve um problema que Cornish não conseguiu superar: Ele precisava do corpo logo após a execução, mas os procedimentos da penitenciaria determinavam o corpo do preso deveria permanecer sob a custódia de San Quentin por várias horas antes de ser liberado. Cornish nunca conseguiu realizar seu experimento em uma cobaia humana.


Dr. Cornish morreu em 6 de março de 1963, ja no fim da vida, criou a sua própria marca de creme dental. Depois disso, muitas pessoas tentaram recriar a experiencia, mas nenhuma delas conseguiu ainda ter exito.

Fontes: http://listverse.com/
Wikipedia
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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Wolf Messing



Wolf Messing foi o paranormal mais famoso da União Sovietica. Durante sua adolescência, Messing alegou ser um psíquico que poderia alterar a percepção das pessoas e prever resultados futuros com base na telepatia mental e linguagem corporal. 

Ele nasceu em 1899, na cidade de Góra Kalwaria, que está localizada 25 km a sudeste de Varsóvia, na Polônia. Seus pais queriam que ele se tornasse rabino e o enviaram para uma escola religiosa aos seis anos. Mas não era isso que Messing queria. Ele decidiu que tinha outra missão na vida. E fugiu, partindo no primeiro trem.

Sem dinheiro para um bilhete, se escondeu debaixo de um banco. Mas o cobrador o viu, tirou de baixo do banco pelo colarinho e exigiu um bilhete. Wolf, em seguida, entregou-lhe um pedaço de jornal velho. O cobrador furou o bilhete e disse: “Esquisitão, você tem um bilhete e mesmo assim se esconde”. Desde então, ele percebeu que podia controlar as pessoas, influenciar sua vontade.

O trem o levou a Berlim. No começo, ele viveu na pobreza. Lavava pratos, limpava sapato e chegou ate a desmaiar de fome. Posteriormente conseguiu emprego em um circo. Apresentava shows impressionantes e rapidamente tornou-se popular. 

Durante seus shows, Messing entrava em um estado de transe e tentava encontrar objetos escondidos, ler mentes, prever o futuro e hipnotizar pessoas. Fazia tudo isso de maneira honesta, sem truques ou ajuda de assistentes.  Ele se apresentou na frente de grandes multidões e tornou-se famoso após a Segunda Guerra Mundial. 

Em 1937, o circo onde se apresentava, foi para Viena em turnê, e seus números chamaram a atenção de Sigmund Freud e Albert Einstein que mostraram interesse pelo fenômeno. E assim os três se encontraram para experimentos. Messing teria dito a Freud: “Faça um desejo e vou cumpri-lo”. Então ele foi ate Einstein, e tirou do seu bigode três pelos. “Você queria isso?”, perguntou ele. “Sim”, disse Freud.

Messing viajava muito, seus shows provocavam interesse em diversos públicos. Personalidades como Mahatma Gandhi, Marilyn Monroe e o presidente polonês Pilsudski foram visitar-lhe. Quando Hitler chegou ao poder, Messing voltou para a Polônia. Lá, em um teatro de Varsóvia, ele fez sua famosa profecia. Messing disse: “Se Hitler for para Oriente com uma guerra, lá ele encontrará sua morte.

A previsão chegou aos ouvidos de Hitler, que irritado colocou uma recompensa de 200 mil marcos sob sua cabeça. Após os nazistas tomarem Varsóvia, Messing foi preso pela Gestapo. Ele foi detido pela patrulha, levou um soco nos dentes, perdeu a consciência e acordou já na prisão. Sobreviveu apenas graças a seu talento. Com a força de sua mente, ordenou a Gestapo para que entrassem na cela. A polícia secreta obedeceu e entrou, sem entender porque o faziam. Messing os trancou. Saiu de prisão e fugiu para a Rússia, onde continuou a realizar os seus shows. 

Na Rússia, Messing foi forçado a provar sua capacidade psíquica para Stalin. “Mostre o que você sabe fazer”, teria dito Stálin. “Venha me ver amanhã na casa de campo. Você não precisa de um passe, não é?” No dia seguinte, Messing entrou na casa de Stálin sem nenhum obstáculo. Ele fez o guarda acreditar que era o Comissário Geral da Segurança do Estado, Lavrentii Beria. Assim, conseguiu passar por toda a guarda.

Em seguida Stálin ordenou a Messing que convencesse um caixa de banco a lhe entregar 100 mil rublos em dinheiro com nada mais do que um pedaço de papel em branco. No dia marcado, Messing chegou ao banco central, entrou na sala, mostrou uma folha de papel branco e pediu para que lhe dessem 100 mil rublos Uma funcionária fez tudo o que ele pediu. O paranormal colocou o dinheiro na mala e se dirigiu para o Kremlin.

Após a demonstração bem sucedida, Messing se tornou um professor dos oficiais da KGB. A vida de Messing foi registrada em uma autobiografia intitulada "Sobre Mim Mesmo." Uma citação do livro diz: "Minha capacidade de ver o futuro pode parecer contradizer a compreensão materialista do mundo. Mas não é uma partícula do incognoscível ou sobrenatural sobre precognição. " 

A habilidade de Messing, porém, não ajudou a si próprio. Nos últimos anos de sua vida, ele estava gravemente doente e tinha muito medo da morte. Quando foi levado para fora de casa para ser operado, teria dito, olhando para o seu retrato, “Acabou Wolf. Por aqui você não vai voltar mais.”

Wolf Messing morreu em 1974, e desde aquela época, muitos fatos atribuídos a sua vida tem sido questionados e considerados sem fundamento pelas referências históricas, fato que só tem contribuído para o seu mistério. Dizem que os documentos sigilosos sobre Messing ainda estão em arquivos do FSB. Mas nenhum deles pode explicar sua habilidade.

Fontes: http://gazetarussa.com.br
             Wikipedia
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terça-feira, 21 de julho de 2015

Resposta aos comentários 2

Saudações Bizarrinhos!!!

Como estão? Eu espero que estejam ótimos. E eu to legalzinha.

Venho aqui hoje porque passei um longo tempo longe de computador, internet e todas essas tecnologias sabem? Fiquei ate admirada com umas coisas novas aqui no blog que misteriosamente apareceram, e também com alguns cometários aqui. 

Alguns eu me esforço pra ser legal, gentil, educada (porque é da natureza de ariano parecer grosso kkkk). Não sei se consigo, mas eu tento.

Outros são tão sem noção que eu nem sei o que responder ai eu faço de conta que não vi kkkk (desculpa, mas eu to sendo sincera kkkkkk).

E outros assim que eu começo a ler vem na minha mente fogo, sangue, facas, morte, atropelamento, bombas e umas coisas louconas assim. Pessoas de temperamento explosivo, que se aborrecem por qualquer coisa e o tempo todo devem saber do que eu to falando. O sangue ferve, eu fico vermelha e a ponto de entrar em combustão, é capaz de ver fumacinha saindo da minha cabeça de tanto ódio que eu fico.  Então eu leio de novo, e de novo e xingo um pouquinho mentalmente depois, berro meus xingamentos e enfim saio escrevendo o que me vem na cabeça. E esta ai mais alguém que queria uma resposta:


Eita parece minha vó falando kkkkk. Enfim você chama de fãs medíocres porque não são fãs das "merdinhas" que se formam na sua cabecinha burra e você bota pra fora por esse rodinha suja que deveria ser uma boca. Não tenho fãs, tenho pessoas amigáveis que gostam conteúdo do meu blog.
Eu não me assusto com nada que posto aqui e nem tenho intenção de assustar ninguém, eu só repasso coisas interessantes que eu descubro por ai. Eu não cultuo ninguém alem da minha filha, mas você não entende os interesses diferentes do seu porque tens uma cabeça quadrada e ignorante. Não precisa entender, só precisa respeitar e se não gostar ignora e segue teu rumo.
E por último, quando o mórbido tentar morder a minha bunda e ele quem vai ficar apavorado quando estiver perto de mim.
Beijinhos, beijinhos e ate à próximo amiguinho.
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