segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Ceifeiro

O conceito de morte como uma entidade tem existido em muitas sociedades, desde o início da história. A partir do século XV, veio a ser mostrada como uma figura esquelética carregando uma foice grande e vestida com um manto preto com capuz. Na cultura ocidental, a Morte é frequentemente associada à figura do "Ceifador Sinistro" no oriente é chamada de Shinigami, também é conhecida como Anjo da Morte, Diabo da Morte ou anjo da escuridão e da luz (Malach HaMavet), nomes resultantes da Bíblia. A própria Bíblia não se refere ao Anjo da Morte, porém, existe uma referência a Abaddon (também chamado de Apollyon), um anjo cuja verdadeira identidade é um mistério e que aparece no livro de Jó (capítulo 26, versículo 6) e no livro do Apocalipse (capítulo 9, versículo 11), onde é chamado de Anjo do Abismo. Nas tradições judaicas antigas de onde a Bíblia surgiu, o anjo da morte era chamado pelo nome de Samael, anjo esse que para os estudiosos bíblicos, principalmente a partir do Novo testamento é identificado como Satanás "o que tinha o império da morte" (Hebreus, 2:14).
Em alguns casos, a Morte é capaz de realmente matar a vítima, levando a contos em que ela pode ser subornada, enganada ou aprisionada, a fim de manter a vida, como no caso de Sísifo. Outras crenças sustentam que a Morte é um psicopompo, servindo apenas para cortar os últimos laços entre a alma e o corpo e para guiar os mortos para o outro mundo sem ter qualquer controle sobre o fato da morte da vítima. Em várias línguas a Morte é personificada na forma masculina, enquanto em outras, ela é apresentada como uma personagem feminina.

Folclore / Mitologia

Helênica

Thanatos
Na antiga Grécia acreditava-se que a morte era inevitável, e, portanto, ela não é representada como puramente má. Ela é frequentemente retratada como um homem barbado e alado, mas também tem sido retratada como um jovem rapaz. Morte, ou Thanatos, é a contrapartida da vida, a morte sendo representada como masculina, e a vida como feminina. Thanatos é o irmão gêmeo de Hypnos, o deus do sono. Ele normalmente é mostrado com seu irmão e é representado como sendo justo e gentil. Seu trabalho é acompanhar os falecidos para o submundo, governado por Hades. Ele, então, entrega os recém-mortos nas mãos de Caronte, o barqueiro que leva as almas ao longo do rio Aqueronte, que separa a terra dos viventes da terra dos mortos. Acreditava-se que se o barqueiro não recebesse algum tipo de pagamento, a alma não seria entregue ao submundo e seria deixada na beira do rio por cem anos. 
As irmãs de Thanatos, as Keres, são os espíritos de morte violenta. Elas estão associadas a mortes de batalhas, doenças, acidentes e homicídios. As irmãs são retratadas como más, muitas vezes se alimentando do sangue do corpo após a alma ser levada para o submundo. Tinham presas, garras e se vestiam com roupas ensanguentadas.


Celta

Ankou
O folclore Bretão nos mostra uma figura espectral que é presságio de morte, o Ankou. O Ankou não é a própria morte, mas seu servidor. Normalmente, o Ankou é o espírito da última pessoa que morreu dentro da comunidade, aparecendo como uma figura alta e abatida com um chapéu largo e longos cabelos brancos ou como um esqueleto com uma cabeça giratória que vê a todos em todo lugar. O Ankou dirige um velho vagão ou uma carroça, empilhada de cadáveres. Dizem que quando um vivo escuta o som do veículo rangendo não tardará a morrer. Também dizem que aquele que vê o Ankou morrerá dentro de um ano. 


Polaca


A Polónia, a Morte (ou Śmierć) é retratada com uma aparência similar ao Grim Reaper tradicional, mas ao invés de um manto preto usa um manto branco. Além disso, devido à gramática, a Morte é uma mulher (a palavra śmierć é de gênero feminino), principalmente vista como uma velha esquelética, como descrito no diálogo do século XV "Rozmowa Mistrza Polikarpa ze Śmiercią" (em latim: "Dialogus inter Mortem et Magistrum Polikarpum"). 


Nórdica

Pesta
Na Noruega, a Morte é retratada como uma mulher idosa que usa um capuz preto, conhecida pelo nome de Pesta (que significa bruxa, praga). Ela vai para as cidades carregando um ancinho ou uma vassoura. Se ela levar o ancinho, algumas pessoas poderiam sobreviver a praga, caso ela leve a vassoura, todos morreriam.

Báltica


Os lituanos chamam a Morte de Giltinė, derivando da palavra gelti (que significa picar). Giltinė era visto como uma mulher velha e feia, com nariz comprido e azul e com uma língua venenosa mortal. A lenda diz que Giltinė era jovem, bonita e comunicativa, antes de ser presa em um caixão durante sete anos. A deusa da morte foi uma irmã da deusa da vida e do destino, Laima, simbolizando a relação entre o início e o fim. 
Mais tarde, os lituanos adotaram o clássico Grim Reaper com um manto negro e foice.


Escrituras Hindus


Em escrituras hindus, o senhor da morte é Yama, ou Yamaraj (literalmente "o senhor da morte"). Yamaraj monta um búfalo negro e traz um laço de corda para levar a alma de volta para sua residência, chamada de "Yamalok" (o mundo de Yama, ou o submundo dos mortos). Existem muitas formas de ceifeiros, embora alguns dizem que há apenas um que se disfarça como uma pequena criança. Seus agentes, os Yamaduts, carregam as almas de volta para Yamalok. Lá, todas as contas de ações boas e ruins de uma pessoa são armazenadas e mantidas pelo Chitragupta. O saldo dessas ações permite Yamaraj decidir onde a alma irá residir em sua próxima vida, segundo a teoria da reencarnação. Yama é também mencionado no Mahabharata como um grande filósofo e devoto do supremo Brahman.
Yama é também conhecido como Dharmaraj, ou rei do Dharma. Uma interpretação é que a justiça é servida igualmente para todos, vivos ou mortos, com base em seu karma ou destino. Esta é ainda reforçada pela idéia de que Yudhishtra, o mais velho dos Pandavas e considerado como a personificação da justiça, nasceu devido às orações de Kunti para Yamaraj.
Escrituras budistas também mencionam Yama ou Yamaraj de maneira muito similar.


China


Na mitologia chinesa, Yanluo é o deus da morte e o governador de Di Yu (inferno ou submundo). A divindade se originou a partir de Yama do hinduísmo e foi adotado no panteão chinês, eventualmente se espalhando para o Japão como Enma-O e na Coréia como Grande Rei Yŏmna. Ele é normalmente retratado vestindo um boné de juiz chinês e tradicionais vestes chinesas em ambas as representações, chinesas e japonesas.

Mictlantecuhtli


Também denominado Micli ou Mictlantecuhtli (Senhor do Reino dos Mortos, na língua asteca), deus que é o governante de Mictlan, a camada mais profunda do submundo asteca. É um dos mais assombrosos deuses astecas conhecidos, representado como uma pessoa vestindo uma caveira com dentes salientes, ou como um esqueleto. Sua esposa é Mictecacihuatl. Seus animais simbólicos são a aranha, a coruja e o morcego. É o deus regente do signo do Cão no horóscopo asteca. 
Mictecacihuatl tem o papel é zelar pelos ossos dos mortos e presidiu ao longo dos antigos festivais dos mortos, evoluindo da tradição asteca para o Dia dos Mortos moderno,após síntese com tradições culturais espanholas. 
Segundo a lenda, os mortos, ao entrar no reino de Mictlan, tem sua carne lavada dos ossos por uma ventania de facas. O único alimento no Mictlan eram cobras venenosas. 
Mictecacihuatl é conhecida como a Senhora dos Mortos, pois acredita-se que ela nasceu e foi sacrificada.Seu culto muitas vezes se confunde também com cultos mexicanos em honra de Santa Muerte.
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domingo, 30 de dezembro de 2012

Zona de Alienação




A zona de alienação é um lugar, Na Europa Oriental, de no máximo 30km traçado ao redor da área afetada pelo desastre de Chernobyl. 

Prypiat é uma cidade abandonada na zona de alienação no nordeste da Ucrânia, Kiev Oblast, próximo à fronteira com Belarus. Sua população era de cerca de 50.000 habitantes antes do acidente. Foi o lar dos trabalhadores da Usina Nuclear de Chernobyl. A cidade foi abandonada em 1986 após o desastre de Chernobyl. 


Diferente de outras cidades de importância militar, o acesso à Prypiat não era restringido. Antes do acidente de Chernobyl, usinas nucleares eram vistas pela União Soviética como algo tão seguro quanto outras formas de gerar energia. Estações nucleares representavam um marco da engenharia soviética, onde a energia atômica era mais inofensiva que outros projetos. O slogan "átomo pacífico" durou algum tempo naquela época. Inicialmente era pra ser construído somente a 25km de Kiev, mas a Academia de Ciências Ucraniana, junto com outras organizações, expressaram preocupação da estação de energia estar muito perto da cidade, então ela junto com Prypiat, foi construída no local atual, cerca de 100km de Kiev. 

No dia 26 de abril de 1986, uma das usinas nucleares explodiu. Levou três dias para que todos os residentes de Chernobyl e da zona da alienação fossem retirados devido aos níveis de radioatividade inseguros. 


Logo após a explosão no reator de numero 4 as pessoas de Pripyat se reuniram na ponte para ter uma boa visão do reator e para ver o que tinha acontecido.

Inicialmente, a todos foi dito que o nível de radiação era mínimo e que estavam seguros. "Poucos sabiam que a radiação difundida até a ponte durante a explosão era enorme".

Viam chamas coloridas e um arco-íris que subia do núcleo nuclear de grafite ardente, cujas chamas eram mais elevadas do que a coluna de fumaça. Todo os que estavam sobre a ponte morreram - foram expostos a níveis acima de 500 roentgens, o que é uma dose fatal.

Pessoas de toda a União Soviética foram forçadas a trabalhar, a fim de liquidar o perigo e evacuar os residentes. Muitos dos trabalhadores morreram de doenças graves devido a radiação. 


Milhares de moradores, na época, recusaram-se a ir embora ou então voltaram para a área posteriormente. Essas pessoas foram morrendo progressivamente e agora restam apenas cerca de 400 pessoas morando na região.
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sábado, 29 de dezembro de 2012

Amon

O 7º espírito 
Goetia (Latim da Idade Média) é a classificação de todos os artigos que dizem respeito aos demônios encontrado em The Lesser Key of Solomon (A Chave Menor de Salomão). Refere-se à prática de Invocação de Anjos ou a Evocação de Demônios descritos no grimório do séc. 17, A Chave Menor de Salomão que retrata a Ars Goetia em sua primeira seção.


Na demonologia, Amon (também pronunciado Aamon), é o Marquês dos infernos, e que governa 40 legiões de demônios. 

Sua aparência é a de um lobo com uma cauda de serpente, chamas do fogo, como vômitos, saem de fora de sua boca. Ao comando de um mago, Amon, pode assumir a forma de homem com uma cabeça de corvo, tendo um dos dentes caninos. 

Ele fala de todas as coisas passadas e futuras. Ele adquire amor e concilia controvérsias entre amigos e inimigos. Alguns demonologista têm seu nome associado com o deus egípcio Amun, um deus da mitologia egípcia, visto como rei dos deuses e como força criadora de vida, ou com o deus Ba'al Hammon, de Cartago. 

É um demônio um demonio do dia, que conhece o passado e o futuro, e é o responsável por facultar esse saber a todos aqueles que fizeram um Pacto.

Selo da Amon.
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Fada dos Dentes

Em uma pequena cidade chamada darkness falls, habitava em uma casa bem simples, uma senhora muito velha de 89 anos.
Ela era hospitaleira e gostava muito de crianças, sempre estava brincando com elas. Mas o que a deixou conhecida como A Fada dos Dentes, foi o fato de que sempre que uma criança perdia um dente de leite, ela trocava ele por uma moeda de ouro.
Um dia um incêndio não intencional fez com que ela tivesse a maior parte de seu corpo queimado, deixando sua pele sensível a luz. Então ela ficava dentro de casa o dia todo com as janelas fechadas, e só saia a noite, com uma máscara de porcelana e vestes compridas da cabeça aos pés para não mostrar o seu rosto.
Depois de um tempo os moradores da cidade começaram a desconfiar da bondade da mulher, diziam que ela era uma bruxa e usava os dentes para rituais satânicos, até que dois garotos desapareceram, e a cidade a culpou.
Os moradores enfurecidos arrastam ela para o centro da praça e arranca sua máscara ao sol para que todos vejam aquele rosto horrível que ela escondia.
Ela grita de dor até a morte, e antes de morrer roga uma praga: "Aquilo que eu tomava por bondade, agora tomarei por vingança."
No outro dia os garotos aparecem, e a cidade enterra a história.
E toda vez que o ultimo dente de leite de uma criança cai, ela vem busca-lo e troca ele por uma moeda, para que eles se lembrem da vergonha que eles fizeram ela passar. Porém dizem que você não pode olhar para ela, pois se for vista ela simplesmente o persegue até a morte.
Até hoje muitas pessoas jogam o ultimo dente de leite em cima do telhado, para não correr o risco de encontra-la.
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Adramelech (Andrealphus)

O 65º espírito
Goetia (Latim da Idade Média) é a classificação de todos os artigos que dizem respeito aos demônios encontrado em The Lesser Key of Solomon (A Chave Menor de Salomão). Refere-se à prática de Invocação de Anjos ou a Evocação de Demônios descritos no grimório do séc. 17, A Chave Menor de Salomão que retrata a Ars Goetia em sua primeira seção.


Adramelech é um dos dez espíritos negativos, comandados por Samael, o Anjo do Envenenamento. Seu culto teve (provável) origem na Síria, mais tarde sendo introduzido na Samária.

Nos cultos a Adramelech, era adorado pelos Assírios, que em Sefarvain sacrificavam crianças em seus altares.

Na demonologia, Adramelech é considerado o grande embaixador do inferno, superintendente do guarda-roupa do demônio e presidente do supremo concílio do inferno. Ele freqüentemente é representado como tendo um corpo de quadrúpede, tronco humano e cauda de pavão real.

Na religião suméria de Adramelech (Adrammelech), ele era considerado o Deus-Sol sendo assim o centro da religião, em sua descrição ele é tido como homem e faz uma espécie de contraste com Anammelech, deusa-lua.


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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Krampus

Krampus é uma criatura besta do folclore Alpino (Países que ficam perto dos Alpes) que punir crianças más durante da Yule temporada, em contraste com a de São Nicolau, que recompensa os bons com os presentes. Krampus é dito para capturar crianças particularmente impertinente no seu saco e os levará para o seu covil. 

Krampus  geralmente tem aparência demoníaca . A criatura tem raízes no folclore germânico. Tradicionalmente, os jovens se vestem como o Krampus na Áustria, no sul da Baviera, Tirol do Sul, norte de Friuli , Hungria , Eslovênia e Croácia durante a primeira semana de dezembro, especialmente na noite de 5 de Dezembro (véspera de São Nicolau dias em calendários muitas igrejas ), e percorrem as ruas assustando crianças com correntes enferrujadas e sinos. Krampus é destaque em cartões do feriado chamados Krampuskarten . Há muitos nomes para Krampus, assim como muitas variações regionais de representação e celebração. 

A história da figura Krampus remonta a pré-cristãs tradições germânicas. Ele também compartilha características com os sátiros da mitologia grega. Os primeiros Igreja Católica celebrações desanimados com base em torno dos selvagens cabra-como criaturas, e durante os Inquisição foram feitos esforços para eliminá-las. Contudo, os inúmeros Krampus persistiram, e pelo século 17 Krampus havia sido incorporada celebrações de inverno cristãos, emparelhando-los com São Nicolau. 

Acredita-se que a tradição de vestir o traje de Krampus surgiu como parte de um ritual vinda de idade para homens jovens. Eles seriam enviados para a floresta / montanhas com não muito mais do que um pequeno saco de provisões - semelhante a muitos vir-a-masculinidade tradições ainda encontrados em várias iterações de todo o mundo. Ele volta para a aldeia depois de seu tempo na natureza vestido como Krampus, incorporando o espírito selvagem ele levou com ele a partir deste momento a viver como um animal selvagem na floresta. A tentativa de assustar as crianças foi um teste da coragem das crianças da aldeia, e também parte do seu processo de amadurecimento para demonstrar a sua bravura na frente do homem com chifres das montanhas.

No século 20, os governos da Áustria desencorajados a prática. No rescaldo do 1934 Guerra Civil austríaco , a tradição Krampus foi proibido pelo regime Dollfuss sob a Frente Patriótica ( Frente Vaterländische ) e do Partido Social Cristão . Na década de 1950, os panfletos distribuídos governo intitulado "Krampus é um homem mau". No final do século, um ressurgimento popular de celebrações Krampus ocorreu e continua até hoje. Houve debate público na Áustria moderna vezes sobre se Krampus é apropriado para crianças. 

Embora Krampus aparece em muitas variações, a maioria compartilham algumas características comuns físicas. Ele é cabeludo, geralmente marrom ou preto, e tem os cascos fendidos e chifres de um bode. Sua língua pontiagudo descansa fora. Krampus carrega correntes, para simbolizar a ligação do diabo pela Igreja cristã. Ele agita as cadeias de efeitos dramáticos. As cadeias são por vezes acompanhados com sinos de vários tamanhos. 

Ao contrário das versões norte-americanas de Papai Noel, nestas celebrações de São Nicolau se preocupa apenas com as crianças boas, enquanto Krampus é responsável pelo mal. Presentes Nicholas dispensa, enquanto Krampus fornece carvão e as Ruten (feixes de bétulas ramos que Krampus carregam).
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domingo, 23 de dezembro de 2012

Codex Gigas

História 

O Codex Gigas é considerado o maior manuscrito medieval existente no mundo. Foi criado no início do século XIII, presumivelmente no mosteiro beneditino de Podlažice na Boémia (atual República Checa), e agora está preservado na Biblioteca Nacional da Suécia, em Estocolmo. É também conhecido como a Bíblia do Diabo, devido a uma grande figura do diabo no seu interior e da lenda em torno da sua criação. 

O códice tem capas de madeira, revestidas de couro e ornamentadas com motivos metálicos. Com 92 cm de altura, 50 cm de largura e 22 cm de espessura, é o maior manuscrito medieval conhecido. Atualmente é constituído por 310 folhas de velino (uma espécie de pergaminho), mas há indícios de algumas páginas terem sido retiradas da versão original. Não se sabe quem o fez, nem se conhecem as razões de as páginas terem sido removidas, embora se pense que algumas delas pudessem conter as regras monásticas dos beneditinos. O códice pesa cerca de 75 kg, e o velino nele usado foi elaborado a partir de pele de vitelo (ou pele de jumento, segundo algumas fontes), num total de 160 animais. 

Uma nota na primeira página indica os monges do mosteiro beneditino de Podlažice, localizado perto de Chrudim e destruído durante o século XV, como os primeiros proprietários do códice. A reduzida dimensão deste mosteiro e a aparente escassez de recursos humanos e materiais faz levantar dúvidas sobre a sua capacidade de produção duma obra desta dimensão.
Os registros nela contidos terminam no ano de 1229. A ausência de qualquer referência à morte do rei da Boémia, Ottokar I, ocorrida em Dezembro do ano seguinte, sugere que a data mais provável para a sua conclusão é o final do ano de 1229 ou o início de 1230.
Devido a dificuldades financeiras do mosteiro de Podlažice, o códice foi mais tarde penhorado aos Cistercienses do mosteiro de Sedlec. A mesma nota na primeira página estabelece que em 1295 o códice voltou à posse dos beneditinos, após ter sido comprado pelo mosteiro de Břevnov. De 1477 a 1593, foi conservado na biblioteca de um mosteiro em Broumov até ter sido levado para Praga em 1594 para fazer parte da coleção de Rodolfo II.
No fim da Guerra dos Trinta Anos, em 1648, a coleção completa foi saqueada pelo exército sueco e, de 1649 a 2007, o manuscrito foi mantido na Biblioteca Nacional da Suécia.
Em 24 de Setembro de 2007, após 359 anos, o Codex Gigas voltou a Praga, a título de empréstimo, e esteve exposto na Biblioteca Nacional Checa até Janeiro de 2008. 

O Codex inclui toda a versão Vulgata Latina da Bíblia, exceto para os livros de Atos e Apocalipse, provenientes de uma versão pré-Vulgata. Estão também incluídos a enciclopédia "Etymologiae" de Isidoro de Sevilha, "Antiguidades Judaicas" e "Guerras dos Judeus" de Flávio Josefo, "Chronica Boemorum" (Crónica dos Boémios) de Cosmas de Praga e vários tratados sobre medicina. Pequenos textos completam o manuscrito: alfabetos, orações, exorcismos, um calendário com as datas de celebração de santos locais e registro de acontecimentos relevantes, e uma lista de nomes, possivelmente de benfeitores e de monges do mosteiro de Podlažice. Todo o documento está escrito em latim.
O manuscrito contém figuras decoradas (iluminuras) em vermelho, azul, amarelo, verde e dourado. As letras maiúsculas que iniciam os capítulos estão elaboradamente decoradas com motivos que, frequentemente, ocupam grande parte da página. O Codex tem um aspecto uniforme, pois a natureza da escrita não é alterada em toda a sua extensão, não evidenciando sinais de envelhecimento, doença ou estado de espírito do escriba. Isto levou a que se considerasse que todo o texto foi escrito num período de tempo muito curto. No entanto, atendendo ao tempo necessário à marcação das guias de delimitação das linhas e das colunas, à escrita do texto, e ao desenho e pintura das ilustrações, os peritos acreditam que o livro terá levado mais de 20 anos a ser concluído. 

A página 290 contém apenas uma figura original de um diabo, com cerca de 50 cm de altura. Algumas páginas antes desta, estão escritas sobre um velino escurecido e os caracteres são mais esbatidos que no resto do manuscrito. A razão para a diferença nas cores é que o velino, por ser feito a partir de peles animais, escurece quando exposto à luz. No decurso dos séculos, as páginas mais expostas acabaram por ter um aspecto mais escuro.

Lenda

Segundo a lenda, o escriba foi um monge que quebrou os votos monásticos e foi condenado a ser murado vivo. A fim de evitar esta severa sanção, ele prometeu a criação, em uma única noite, de um livro que glorificaria o mosteiro para sempre e que incluiria todo o conhecimento humano. Perto da meia-noite, ele teve a certeza que não conseguiria concluir esta tarefa sozinho e, por isso, fez uma oração especial, não dirigida a Deus, mas ao querubim banido, Lúcifer, pedindo-lhe que o ajudasse a terminar o livro em troca da sua alma. O monge vendeu, assim, a sua alma ao diabo. O diabo concluiu o manuscrito do monge e foi acrescentada uma imagem do diabo como agradecimento pela sua ajuda.
Apesar desta lenda, o códice não foi proibido pela Inquisição e foi analisado por muitos estudiosos ao longo dos tempos. 

Considerava-se por muito tempo que esta versão de condenação ao emparedamento do monge era verdadeira, devido à interpretação precipitada da palavra Inclusus, como sendo emparedamento. Na verdade foi reconsiderada esta tradução como sendo "recluso". Seria um monge que foi condenado, ou se condenou à reclusão no mosteiro para realizar o trabalho de uma vida. Se reforça essa versão pela "dedicatória" encontrada no final do livro: hermanus inclusus, ou "Herman, o recluso" ou "Herman, o enclausurado".
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Lâmia

Na mitologia grega, Lâmia (em grego, Λάμια) era uma rainha da Líbia que tornou-se um demônio devorador de crianças. Chamavam-se também de Lâmias um tipo de monstros, bruxas ou espíritos femininos, que atacavam jovens ou viajantes e lhes sugavam o sangue.

Diversas histórias são contadas a respeito de Lâmia. Sua aparência também varia de lenda para lenda. Na maior parte das versões, contudo, seu corpo, abaixo da cintura, tem a forma de uma cauda de serpente. Esta versão popularizou-se especialmente a partir do poema Lamia, publicado pelo inglês John Keats em 1819. Diodoro Sículo, por sua vez, a descreve como uma mulher de rosto distorcido . 

De acordo com a versão mais corrente, Lâmia era uma belíssima rainha da Líbia, filha de Poseidon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos, dentre os quais a ninfa Líbia. Hera, mulher de Zeus, corroída pelos ciúmes, matava seus filhos ao nascer e, ao final, a transformou em um monstro (em outras versões Lâmia foi esconder-se em uma caverna isolada e o que a transformou em um monstro foi seu próprio desespero). Por fim, para torturá-la ainda mais, Lâmia foi condenada por Hera a não poder cerrar os olhos, para que ficasse para sempre obcecada com a imagem dos filhos mortos. Zeus, apiedado, deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar. 

Segundo opinião bastante difundida, a Lâmia mitológica serviu de modelo para as Lâmias (Lâmiae em latim), ora descritas como bruxas, ora como espíritos e ora monstros, humanos da cintura para cima, mas com caudas de serpente. As Lâmias atraíam os viajantes expondo os belos seios e emitindo um agradável cicio, para depois matá-los, sugar seu sangue e devorar seus corpos. Neste aspecto, as Lâmias constituem um antecedente dos súcubos da Idade Média e das modernas vampiresas.

Com freqüência a Lâmia é descrita nos bestiários de outras culturas como criaturas de natureza selvagem e maligna, com garras nas patas dianteiras, cascos nas patas traseiras, rosto e busto femininos e o corpo coberto de escamas. Também é associada à Lilith da mitologia hebraica. Nos folclores neo-helênico, basco e búlgaro podem ser encontradas lendas sobre Lâmias, herdeiras da tradição clássica. 

Na mitologia basca, as Lâmias são gênios com pés e garras de ave e cauda de peixe. Quase sempre femininos e de admirável beleza, moravam nos rios e fontes, onde costumavam pentear suas longas cabeleiras. São em geral amáveis, mas ficam enfurecidas se alguém rouba seus peixes. Às vezes se apaixonam por mortais e até têm filhos com eles, mas não podem se casar. 

No folclore búlgaro as Lâmias são criaturas misteriosas, geralmente femininas, com muitas cabeças, que, se cortadas podem se regenerar (como a Hidra de Lerna). Vivem em cavernas ou no subsolo e atormentam os povoados, alimentando-se de sangue humano ou devorando mulheres jovens. Em algumas versões têm asas, em outras sua respiração é de fogo.
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mary Bell

Mary Flora Bell (Newcastle upon Tyne, Inglaterra 26 de maio de 1957) foi a mais jovem homicida da história. Foi condenada em dezembro de 1968 pelo homicídio de dois meninos, Martin Brown (com quatro anos) e Brian Howe (com três). Bell tinha dez anos quando matou Brown, e 11, quando ela matou Howe. 

Filha de mãe solteira, prostituta e mentalmente perturbada, foi sexualmente abusada entre os quatro e oito anos de idade. 

Mary era filha de Betty McCrickett e Billy Bell, embora não se possa afirmar ao certo sua paternidade. Durante a infância, sua mãe teria tentado assassiná-la pelo menos uma vez. Mary, apelidada May desde cedo, era a filha mais velha de Betty, nascida quando esta contava com dezesseis anos. Billy Bell e Betty foram casados, e acredita-se que Mary tivesse um bom relacionamento com seu pai - fosse biológico ou não. No entanto, Bell seria preso por assalto armado. 

A vida familiar de Mary era completamente desestruturada, sua mãe aplicava castigos severos. Durante a infância, Mary era constantemente humilhada pela mãe, devido ao fato de urinar na cama. Betty esfregava o rosto da filha na urina e pendurava o colchão molhado do lado de fora , para todos verem. Mary também havia sido levada para uma agencia de adoção em 1960, porem não conseguiu que a filha fosse adotada. Nas inúmeras tentativas de se livrar de Mary, Betty entupiu a menina com remédios. Mas o que mais perturbava a menina era quando a sua mãe à obrigava a manter relações sexuais com homens adultos. E não rara as vezes, Mary era obrigada a participar de jogo sexuais com os clientes da mãe. Muitas vezes Betty obrigava a filha a se despir e fazer sexo oral em vários clientes.

Ela foi condenada por asfixiar Martin Brown de de idade em 25 de maio de 1968 e jogá-lo do segundo andar de uma casa abandonada um dia antes de seu 11º aniversário. Matou ajudada pela amiga Norma Bell, que não era sua parenta. 

Dois meses depois matou Brian Howe em um local perto de uma linha de trem onde outras crianças costumavam brincar em meio a carros abandonados. A menina, após estrangular e perfurar as coxas e genitais do menino perfurou a letra "M" em sua barriga. 

Ela também foi acusada de tentar estrangular quatro outras meninas. Foi responsável pela vandalização da enfermaria escolar e de escrever ameaças nas paredes. 

Foi considerada culpada de homicídio involuntário em 17 de dezembro de 1968. Em seu diagnóstico, psiquiatras descreveram sintomas clássicos da psicopatia. 

Mary Bell foi liberada da custódia em 1980, aos 23 anos, e foi concedido anonimato para começar uma nova vida com sua filha, que nasceu em 1984, e o marido. Vinte e sete anos depois de sua condenação, em 2007 e após a morte de sua mãe, ela aceitou falar à jornalista Gitta Sereny sobre sua infância. O resultado é uma biografia chamada Gritos no Vazio. 

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Goblins


Goblins são criaturas geralmente verdes que se assemelham a duendes. Fazem parte do folclore nórdico, nas lendas eles vivem fazendo brincadeiras de mau gosto. Podem ser comparados aos trasgos e tardos do folclore português. 

Os goblins são normalmente associados ao mal. Diz-se que são feios e assustadores, fazem feitiçarias, estragam a comida, travam guerras contra os gnomos. Em algumas mitologias os goblins possuem grande força. Normalmente por serem de pouca inteligência e hábitos selvagens, moram em cavernas ou pequenas cabanas construídas com paus e peles de animais. Sua grande capacidade de sobrevivência os faz seres presentes em quase qualquer ambiente, sendo encontrados principalmente em montanhas, pântanos, desertos, pedreiras, florestas ou cidades.


Vivem em bando, com uma comunidade precária semelhante a uma sociedade de homens primitivos. Dentre seus armamentos se encontra a clava, o machado de pedra, a zarabatana, além de pequenas lanças e pedras. 

Eles pertencem ao grupo dos goblinóides dividindo-se em goblins, hobgoblins (parecidos aos goblins, porém maiores - de 1,40 m até a altura de um ser humano normal - e mais evoluídos) e os bugbears (maiores que um ser humano normal, muito mais fortes que os goblins e com a habilidade de se transformarem em ursos). 

Na Finn Family Moomintroll, terceiro livro da série de Moomin de livros infantis de Tove Jansson, o Hobgoblin é uma estranha criatura mágica. Até mesmo o seu chapéu, quando encontrado por outras criaturas, pode trabalhar todos os estranhos tipos de magia por si só. Embora ligeiramente assustador para aqueles que não o conhecem, o Hobgoblin é, de fato, uma criatura solitária e sensível, que pode conceder os desejos dos outros, mas não o seu próprio - a menos que alguém especificamente lhe peça por algo que ele quer e, em seguida, lhe dê aquilo que ele próprio criou. 


Na mitologia de Tolkien os goblins, chamados Orcs, atacam as minas escuras de Moria, matando todos os seres existentes no mesmo local. São um povo facilmente subjugado, sentem medo do Demônio do mundo antigo, o Balrog criado por Morgoth,o primeiro senhor do escuro da Terra fantasiosa de Tolkien.

Em O Hobbit, de JRR Tolkien, Hobgoblins são uma ameaça, maior e mais forte forma de Goblins. Tolkien comentou mais tarde, numa carta, que através de mais estudos de folclore posteriormente ele tinha apreendido que "a afirmação de que hobgoblins seriam uma espécie maior [de Goblins] é o inverso do original de verdade." Tolkien então rebatizou-os de Uruks ou Uruk-hai, numa tentativa de corrigir seu erro. 

Também em O Hobbit, Tolkien coloca o Bugbear Beorn como uma classe diversa dos Goblins (Orcs) e Hobgoblins (Uruk-hai), consistindo, inclusive, em um dos seres que ajudam Bilbo, Gandalf e Thorin Escudo de Carvalho. 

Existem também goblins no jogo Magic: The Gathering. Geralmente são da cor vermelha que é a cor da fúria e da emoção. São fracos e não muito inteligentes. Normalmente sabem apenas bater e morrer. Porem geralmente em grupos são fortes e rapidos, e sem piedade. No jogo também recebem o nome de mogg (eles são amarelos as vezes). aasadnjdasmd são as palavras mágicas para se chamar um duende .


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sábado, 15 de dezembro de 2012

O Gato Preto

Os primeiros povos a atribuir uma aura mística ao gato foram os egípcios, tendo mesmo um Deus com a sua forma física. Em honra desta divindade, os egípcios mantinham gatos pretos em casa e davam-lhes honras reservadas a faraós, mumificando-os depois de mortos. 

Na Pérsia antiga havia a crença de que quando se maltratava um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato preto, o homem estaria atingindo a si mesmo. 

Mas a relação com as Trevas começou na idade média, por causa de relatos insistentes de aparições de gatos pretos malignos em locais povoados por Bruxas. 

Os gatos, principalmente os pretos, foram considerados como malditos, por possuírem hábitos noturnos, foram associados à escuridão. Começou a surgir a superstição de que os gatos de cor preta davam azar. E ter relação com os seres do mal, uma vez que essa cor era associada às trevas e à magia negra. A Santa Inquisição promoveu caça a estes animais e muitas vezes eles eram queimados vivos junto com seus donos. 

Outros acreditam que os gatos pretos, eram as próprias bruxas que se transformavam nos felinos. Esta lenda surgiu de um conto sobre a perseguição de um destes bichos, e que ele havia se ferido durante, e encontrou abrigo na casa de uma senhora, ficando por lá durante a noite, ao amanhecer a senhora apresentava ferimentos. Daí a crença popular ganhou força à medida que mais e mais animais eram perseguidos pela igreja e queimados na fogueira. 

No século XV, o papa Inocêncio VIII chegou a incluir os gatos pretos na lista de seres hereges perseguidos pela Inquisição.
Como se acreditava que os gatos eram as próprias bruxas disfarçadas, o mito popular de que cruzar o caminho de um destes animais poderia trazer má sorte, afinal de contas naquela época, ninguém gostaria de cruzar com uma bruxa. 

Assim, na cultura medieval, os gatos pretos tornaram-se próprio à mítica figura das feiticeiras.

A perseguição à esses animais atingiu seu auge no século XVI, logo no final da Idade Média, na Inglaterra, quando misteriosamente registrou-se um súbito aumento da população felina nas ruas das cidades, fato que foi atribuído à ação de feiticeiras. 

Uma outra história que explicaria o mito dos dias atuais, é que em o Rei Charles I, da Inglaterra, possuía um gato preto, e acreditava que sua sorte estava ligada ao animal. Sua crença neste sentido era tamanha, que ele mantinha o felino vigiado dia e noite. Certo dia o gato morreu, e logo após este acontecimento, o rei fora preso e em seguida executado. 

Os gatos pretos foram muito referenciados na cultura popular, sendo frequentemente citado em textos e filmes de suspense e terror. Um conto muito popular tratando desse animal é O Gato Preto de Edgar Allan Poe, onde ele responsabiliza o animal por uma série de acontecimentos sobrenaturais presentes na narração.

O Gato Preto Pelo Mundo

Na Escócia:Um gato preto no alpendre traz prosperidade. 
Na Itália: Ouvir um gato preto a espirrar traz boa sorte. Se um gato preto se deita na cama de uma pessoa doente, significa que a morte dessa pessoa está perto.
Nos Estados Unidos da América: O gato preto que cruza o nosso caminho traz má sorte
Na Irlanda: O gato preto que cruza o caminho de alguém durante noites de luar, é prenúncio de epidemia.
Na Inglaterra: Na costa de Yorkshire, as mulheres dos pescadores acreditam que os seus maridos regressarão sãos e salvos da faina se mantiverem em casa um gato preto. Mais generalizada entre os pescadores era a crença de que os gatos pretos mantidos em casa enquanto saíam para pescar era sinônimo de bom tempo em alto mar. Há quem defenda que o preço dos gatos pretos chegou a aumentar de tal formar que muitos marinheiros não tinham dinheiro para comprar um exemplar.
Em algumas regiões da Inglaterra acredita-se que oferecer um gato preto à noiva trás sorte.
Na França: No Sul deste país, acredita-se que tratar de um gato preto trás boa sorte.
Na Alemanha: Um gato que cruza o caminho de uma pessoa da direita para a esquerda é mau agouro, mas da esquerda para a direita é boa sorte.
Na Letônia: Para os agricultores deste país, encontrar um gato preto nos depósitos de sementes é uma ótima notícia. Para eles, estes gatos são o espírito de Rungis, Deus da Colheita.

Até hoje ainda existe a ideia de que toda bruxa possui um gato preto de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de sortilégios. É muito comum ouvir histórias de sorte e azar associadas aos animais dessa cor.
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As Flores da Morte

Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos
médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos
ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.
Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte.
Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas
murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.
Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas
era a mãe da Berenice. A unica coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava
morta há 10 anos.
A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça


A lenda tem origem na Escócia, e envolve os membros do Clã Maclaine, do distrito de Lochbuie. Até hoje os moradores evitam a todo custo a andar pela estrada da região quando a noite cai. Rumores sobre um cavaleiro fantasma ou como é conhecido o "cavaleiro sem cabeça". Dizem os moradores locais que o cavalo tem cascos brilhantes, é possível ouvir um som sinistro das rédeas. O cavaleiro é sinal de mal pressagio, de morte.

Seu nome era Ewen, filho do chefe e herdeiro do clã MacLaine. Porém conta a lenda que Ewen possuía uma inveja e um ódio muito grande do pai, e isto fez com que ambos acabassem se enfrentando em um campo de batalhas. 


A batalha ocorreu em Lochbuie em 1538. Os dois exércitos se encontram, e Ewen recebeu um golpe de machado que acabou por decapita-lo, golpe dado por um dos seguidores do pai. Desde então, existem inúmeros relatos sobre a sua aparição. Montando em seu cavalo negro e sem a cabeça, o cavaleiro vem para recolher as almas dos campos de batalha.

Reza a lenda que Ewen, teria tido uma espécie de pressagio sobre a sua morte, com uma velha bruxa que ele havia encontrado na véspera da batalha conhecida também como a Fada Lavadeira, que tinha como função lavar as roupas dos guerreiros que morreriam em combate. Ewen encontrou a velha agachada próximo a um riacho, e ele perguntou a ela se sua camisa estava entre aquelas que ela estava lavando, e a velha respondeu que sim. Ewen então perguntou se não haveria alguma forma de evitar aquele trágico destino, e a velha disse que se sua esposa, espontaneamente o servisse manteiga no café, ele estaria livre da morte. No dia seguinte, a sua esposa não o serviu com manteiga, e Ewen comeu seu pão seco e seguiu para o seu destino inexorável.


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domingo, 25 de novembro de 2012

Tulpas


Tulpa é uma entidade ou objeto que, segundo o budismo tibetano, pode ser criada unicamente pela força de vontade, envolvendo meditação, concentração e visualização intensas. Em outras palavras, a Tulpa seria um pensamento tornado tão real pelo praticante que chegaria a assumir uma forma física, material.

Segundo os monges tibetanos existe certa fórmula para isso. Em 1960 uma pesquisadora, Alexandra David-Neel teve acesso a essas fórmulas. E ela descreveu sua experiência em seu livro "Magic and Mystery in Tibet". No livro ela explica que existem consequências na criação de um Tulpa.

Depois que uma Tulpa é criada (de acordo com formato que você desejou), ela não fica totalmente presa a sua vontade. Em pouco tempo, a Tulpa passa a demonstrar certos traços de rebeldia. Como lhes faltam conceitos básicos de humanidade, elas podem se tornar agressivas e acabar machucando ou até matando seus criadores. Nessa fase, a Tulpa pode até ser enviado numa missão e não retornar, seguindo "vida própria".

Na maioria dos casos, a Tulpa desaparece com a morte de seu criador, porém existem relatos de Tulpas cujo poder de criação foi tão forte que sobreviveram mesmo após a morte de seu criador. Algumas Tulpas são muito confundidas com fantasmas e outras criaturas imaginadas pelas pessoas. Um exemplo disso é quando uma comunidade acredita em uma lenda falsa que com a crença de todos acaba vindo a existir, assim se da origem a uma Tulpa. 


A existência das Tulpas poderiam explicar diversos casos sobrenaturais. O famoso Bicho Papão pode ser nada mais nada menos que uma criação mental inconsciente do medo de uma criança frente à escuridão. Imagine uma mansão antiga onde crimes foram cometidos. Ela fica abandonada. Os moradores da vizinhança temem o local devido ao seu passado. Então o inconsciente coletivo começa a gerar projetos de Tulpas na mansão. Não são completos, apenas sugestões, e aparecem em relances para alguns poucos coitados que os confundem com fantasmas. O local fica conhecido por ser “assombrado” e vai se alimentando da força das mentalizações, tornando-se um local assombrado de verdade. Enquanto alguém estiver acreditando e mentalizando, o local permanecerá sendo um local de manifestação incompleta de Tulpas.

Porém, para que uma Tulpa tome uma forma física, não basta apenas o pensamento para a manifestação final e sim todo um ritual.

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sábado, 24 de novembro de 2012

Post Mortem Photos

A mãe esta morta.
As fotos "Post Mortem" aparentemente tiveram origem na Inglaterra, quando a Rainha Victoria pediu que fotografassem um cadáver de uma pessoa conhecida, ou um parente, para que ela guardasse como recordação.

A partir desse momento, o "costume" lentamente se espalhou por diversas partes do mundo, sendo que várias famílias passaram a fazer a mesma coisa, guardando para si uma mórbida recordação do ente querido que havia partido.

Até os dias de hoje, por mais estranho que se possa parecer, em alguns lugares ainda se tem esse costume.
Durante o século XIX, o ato de fotografar os falecidos era bem mais comum, parecendo nos dias de hoje algo "mórbido" e sem sentido, mas naquele tempo se tornou um costume natural.

Criar álbuns com fotos dos familiares e amigos mortos, era uma espécie de negação da morte, ao mesmo tempo em que as fotografias tornavam-se recordações guardadas pela família para se lembrar daqueles que se foram.
Além disso, as "fotografias" naquela época era um grande luxo, devido ao elevado preço para produzi-las e também devido à pouca quantidade de câmeras fotográficas e profissionais disponíveis.
A fotografia "Post Mortem" era algo bem caro, e funcionava como última homenagem aos falecidos.
No ato de fotografar a pessoa que morreu à pouco tempo, estando o corpo em estado "fresco", eram criados verdadeiros cenários elaborados com composições muitas vezes complexas de estúdio para fazer os álbuns dos mortos, e assim tornar a morte menos dolorosa.
Todas estão mortas, e a moça de costas esta com o rosto desfigurado.

Em outros casos, após algum tempo do falecimento da pessoa, e ocorrido o "rigor mortis", era necessário inventar situações complicadas para a foto ficar natural, envolvendo a instalação de calços sob cadeiras e inclinar a câmera fotográfica para que a cena se ajustasse a posição fixa do cadáver.
Para essas fotos o importante era fazer parecer que os falecidos estivessem dormindo ou em posições de pessoas "vivas".
Com isso, era comum fotos com grupos de mortos e também de pessoas vivas sentados fazendo poses com cadáveres.

Em algumas montagens, eram colocadas estacas de madeira por dentro da roupa dos cadáveres, ao mesmo tempo que eram maquiados e colocados em posições como se estivessem vivos, como: em pé ao lado de familiares, sentados com pernas cruzadas em sofás, lendo livros, abraçando um ente querido, ou outra pose que fosse normal para quem estivesse vivo.
Grande parte das fotos de bebês eram coloridas artificialmente para dar um tom de vida ao cadáver das crianças.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ouroboros

Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. O nome vem do grego antigo: οὐρά (oura) significa "cauda" e βόρος (boros), que significa "devora". Assim, a palavra designa "aquele que devora a própria cauda". Sua representação simboliza a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo o rabo um do outro. É possível que o símbolo matemático de infinito (∞) tenha tido sua origem a partir da imagem de dois ouroboros, lado a lado.

Segundo o Dictionnaire des symboles o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno.

Albert Pike, em seu livro, Morals and Dogma, explica: "A serpente, enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os egípcios, os druidas e os indianos. É uma referência à criação do universo".

A forma circular do símbolo permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é simbolizado pelo círculo.

Em outra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de existência, simbolizado pelo círculo.

Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do perecível.


O ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução.

Pode-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém em si mesmo o três e o quatro,“... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as coisas”.

Registre-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”.

Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que esta é tida por alguns o análogo vegetal da fênix, pois após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce.

Geralmente, nos livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão "Hen to pan" (o um, o todo). Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode simbolizar o “novo” nascimento do iniciado.

Em relação a certos ensinamentos do budismo tibetano (como dzogchen e mahamudra), pode-se esboçar uma maneira específica para vivenciar (em estado meditativo) este ato de "morder a própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado mental atípico (além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo.

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