segunda-feira, 14 de julho de 2014

Anjo do Inferno - face impiedosa de madre Teresa


Um estudo feito por acadêmicos canadenses afirma que o altruísmo e generosidade atribuídos à Madre Teresa de Calcutá não passaram de um mito. Geneviève Chénard, pesquisadora do Departamento de Psicoeducação da Universidade de Montreal, é Co-autora de uma pesquisa inédita que expõe uma face pouco conhecida da religiosa. Geneviève reviu, com dois colegas (Serge Lariveee e Carole Sénéchal), 287 documentos sobre a freira e concluíram que a imagem sacra da beata teria sido produto de uma forte campanha publicitária feita pela Igreja Católica.

De acordo com os pesquisadores, as discrepâncias entre a realidade e a biografia heroica da santa vão da administração das sedes das congregações das Missionárias da Caridade à natureza da fé de Madre Teresa. Os autores do trabalho concluíram que Madre Teresa estava muito mais disposta a orar pelos pobres do que a oferecer atendimento médico prático. Ela abrigava pobres e doentes em péssimas condições, apesar do acesso que tinha a milhões de dólares recebidos graças às doações para uma fundação criada por ela para ajudar ao próximo.

Eles afirmam ainda que o Vaticano deixou de lado as preocupações sobre a personalidade dela, suspeitos contatos e transações financeiras envolvendo a missionária. “Vimos, por exemplo, que a congregação era pouco criteriosa na hora de aceitar doações em dinheiro”, afirma Geneviève. Da análise documental, a impressão que ficou é que, para a organização, dinheiro era dinheiro, independentemente de onde vinha. Seguindo essa lógica, Madre Teresa se associou a ditadores e famosos salafrários que, nas horas vagas, se dedicavam à filantropia.


De Jean-Claude Duvalier, por exemplo, ditador do Haiti acusado de corrupção e violação de direitos humanos, ela recebeu não só dinheiro, mas também uma homenagem. Já com James Keating, nebuloso investidor do mercado imobiliário americano de quem obteve patrocínio, a religiosa topou até fazer foto. No auge da arrecadação, estima-se que a congregação tinha o equivalente a R$ 102 milhões em caixa. “E o mais curioso é que, mesmo com tanto dinheiro, as condições dos doentes nas sedes era terrível”, diz Geneviève.

O estudo afirma que a freira mantinha 517 missões em mais de cem países no momento de sua morte, mas que a maioria desses pacientes não recebiam cuidados apropriados, e muitos eram deixados para morrer. A pesquisa questiona até mesmo um dos milagres atribuídos a ela, a cura de um cisto no ovário da indiana Monica Besra, que na verdade teria sido resultado de remédios dados por médicos.

Aparentemente, todo o dinheiro arrecadado ia para a expansão das obras e não para a melhoria das condições de atendimento aos doentes nas instituições que já funcionavam. E as condições eram terríveis. Relatos de médicos que fizeram visitas aos centros de tratamento e cuidado geridos pela congregação apontaram, além da falta higiene crônica, ausência de equipamentos básicos para os cuidados prestados e tratadores sem treinamento ou qualificação. Seringas eram lavadas com água fria de torneira e doenças graves eram tratadas com analgésicos simples, como o paracetamol. “Talvez esse descaso fosse parte da ética da religiosa, que via o sofrimento dos outros como algo que os aproximava de Cristo”, diz Geneviève. Em mais de uma ocasião Madre Teresa celebrou a dor como algo que enobrece. “O mundo ganha com esse sofrimento”, chegou a dizer. Curiosamente, quando adoecia, ela não se tratava nos centros geridos por ela, mas sim em hospitais de ponta na Índia e nos Estados Unidos.


Nos documentos levantados pelos canadenses, mais casos dessa ética eletiva são arrolados. Por exemplo, embora dura e inflexível, publicamente, em suas opiniões contra o divórcio, Madre Teresa fez vista grossa para o fim do casamento de Lady Diana, que, mesmo tendo se separado do príncipe Charles, continuou entre as preferidas da religiosa. “Diana foi uma grande patrocinadora das Missionárias da Caridade. Será que é por isso que ela continuou sendo recebida e elogiada?”, diz Geneviève.



Documentário do investigador Christopher Hitchens, que é um resumo de seu livro onde ele revela o fruto de sua investigação sobre a Madre.



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Um comentário:

  1. Pois é...eu já havia lido uma matéria que falava da ligação da Madre Tereza com ditadores e tals. Assim como podemos ver muitos textos na internet que falam da ligação entre igreja católica e o nazismo, antes do início da segunda guerra mundial. Parece que poder e religião não conseguem se manter afastados neah...

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