sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Jikininki


No budismo japonês, os Jikininki ("fantasmas comedores de humanos"; pronuncia-se como shokujinki em japonês moderno) são espíritos de indivíduos gananciosos, egoístas ou ímpios, que foram amaldiçoados a procurar e comer cadáveres humanos após a morte. Eles fazem isso durante à noite, vasculhando cemitérios em busca de cadáveres recém enterrados e oferendas de comida deixados em seus túmulos. Eles também tomam para si objetos de valor encontrados com os cadáveres que devoram, os quais usam para subornar funcionários locais para deixá-los em paz. No entanto, Jikininki lamentam sua condição e odeiam seus desejos repugnantes por carne humana.

Muitas vezes, Jikininki são ditos ter a aparência de cadáveres em decomposição, talvez com algumas características desumanas, como garras afiadas ou olhos brilhantes. Eles são uma visão terrível, e qualquer mortal que vê um fica paralisado de medo. No entanto, várias histórias atribuem-lhes a capacidade de se disfarçar magicamente como seres humanos normais e até mesmo levar "vidas" normais durante o dia.


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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O Suicídio de Christine Chubbuck



Christine Chubbuck foi um repórter americana que trabalhava para um canal de tv na Flórida, EUA. Ela morreu após cometer suicídio durante uma transmissão ao vivo.

Christine nasceu no dia 24 de agosto de 1944 em Hudson, Ohio, filha de Margaretha D. "Peg" e George Fairbank Chubbuck, e tinha dois irmãos, Greg e Tim. Frequentou a Escola Laurel para meninas em Shaker Heights, e a Universidade de Miami em Oxford, Ohio, durante um ano, com especialização em artes cênicas. Em seguida, participou do Endicott College, em Beverly, Massachusetts, antes de ganhar o diploma de radiodifusão na Universidade de Boston, em 1965.

Entre os anos de 1966 e 1967, ela trabalhou para o canal WVIZ em Cleveland e participou de uma oficina de verão em rádio e televisão na Universidade de Nova York em 1967. Em 1968, trabalhou por alguns meses para estações de televisão públicas em Pittsburgh, Pensilvânia, e Canton, Ohio. Christine ainda foi voluntária no Hospital Memorial Sarasota, fazendo shows de marionetes para crianças com deficiência intelectual, e, ocasionalmente, incorporando os bonecos ao seu programa de TV na WXLT.

O proprietário da WXLT-TV, Bob Nelson, tinha inicialmente contratado Christine como repórter, mas depois lhe deu um programa voltado para assuntos da comunidade, Suncoast Digest, que era exibido as 9:00 da manhã. 

O gerente de produção Gordon J. Acker descreveu o programa de Christine a um jornal local: "O programa abrangerá a população local e as atividades locais. Vai dar atenção, por exemplo, para as organizações que se preocupam com alcoólatras, usuários de drogas, e outros segmentos da comunidade ". A página cinco do artigo mostrava Christine sorridente segurando uma câmera ABC. Levando seu trabalho sério, o programa recebeu como convidados várias autoridades locais para discutir assuntos de interesse da comunidade.


Depressão

Christine ja havia falado com sua família sobre sua luta contra a depressão e sobre ter tendências suicidas, mas nada que viesse a revelar sua intenção específica de antemão. Ela ja havia tentado overdose de drogas em 1970, e frequentemente visitava um psiquiatra. A mãe de Christine optou por não avisar a emissora que Christina trabalhava sobre suas tendencias suicidas, temendo que a filha perdesse o emprego. Seu foco em sua falta de relacionamentos é geralmente considerada como o principal motivo para sua depressão. Mais tarde sua mãe resumiu que o suicídio de Christine ocorreu "simplesmente porque a sua vida pessoal não era suficiente." 

Ela se lamentou aos colegas de trabalho que o seu aniversário de 30 anos estava se aproximando e ela ainda era virgem, e que nunca teve mais de dois encontros com um homem. Seu irmão Greg recordou que antes de mudar para a Florida, ela havia saído várias vezes com um homem, mas que na nova cidade ela tinha problemas para se conectar socialmente. Ela teve seu ovário direito removido em uma operação no ano anterior ao suicídio, e tinha sido avisada que se não engravidasse no prazo de dois a três anos, provavelmente se tornaria incapaz de engravidar. 

Aparentemente, ela tinha uma paixão não correspondida pelo colega de trabalho George Peter Ryan. Ela preparou um bolo para o aniversário dele, e procurou chamar sua atenção romanticamente, mas acabou descobrindo que ele já estava envolvido com a repórter esportiva Andrea Kirby. Kirby tinha sido a colega de trabalho mais próxima de Christine, mas acabou recebendo uma proposta de trabalho em Baltimore, o que deixou Christine ainda mais deprimida.

Sem ter um companheiro, Christine buscava desesperadamente encontrar amigos íntimos, embora os colegas de trabalho comentassem que ela era rude e defensiva, sempre que eles tentavam ser amistosos com ela. E que tambem era auto-depreciativa, criticando-se constantemente e rejeitando quaisquer elogios que recebia.

Três semanas antes de sua morte, ela havia pedido ao diretor de notícias da estação permissão para fazer uma matéria tratando sobre suicídio. Sua sugestão foi aprovada, e ela visitou o departamento do xerife local para discutir métodos de suicídio com um oficial. Na entrevista, um oficial disse-lhe que uma das maneiras mais eficientes era usar um revólver calibre 38 com balas de ponta oca, atirar na parte de trás da cabeça, ao invés da têmpora, como muitos suicidas costumam fazer. Uma semana antes de seu suicídio, ela disse a Rob Smith, o editor de notícias da noite, que ela havia comprado uma arma e brincou sobre se matar no ar. Smith mais tarde disse ao Washington Post que ignorou o que ela disse, pensando ser uma piada de mal gosto dela, e mudou de assunto.

O Suicídio



Na manhã do dia 15 de Julho de 1974, Christine confundiu seus colegas de trabalho, alegando que ela tinha que ler um noticiário para abrir o programa, algo que ela nunca tinha feito antes. O convidado substituto esperou no estúdio, enquanto Christine sentou-se à mesa do âncora. Durante os primeiros oito minutos de seu programa, ela cobriu três notícias locais e, em seguida, um tiroteio do dia anterior no restaurante local. O  vídeo do tiroteio estava com problemas técnicos e não pode ser exibido, então Christine ficou de frente para a câmera e disse "de acordo com a política do canal 40 de trazer-lhe a noticia mais recente, vocês estão prestes a ver a primeira tentativa de suicídio ao vivo e a cores." Ela pegou o revólver e atirou atrás da própria orelha direita, em seguida caiu para a frente violentamente e a transmissão foi imediatamente interrompida. A emissora rapidamente colocou no ar um anuncio de utilidade publica e em seguida um filme.

Alguns telespectadores chamaram a polícia, enquanto outros ligaram para a emissora para saber se o tiro foi encenado. Christine foi levada imediatamente para o Hospital Memorial Sarasota, onde foi declarada morta 14 horas depois. Ao receber a notícia, um funcionário WXLT liberou as informações para outras estações. Por um tempo, na WXLT foram ao ar apenas reprises de série de TV no lugar do Suncoast Digest.

Pós-morte

O corpo de Christine foi cremado em uma cerimônia fúnebre realizada numa praia do Golfo do México, onde suas cinzas foram espalhadas. Cerca de 120 pessoas participaram da cerimônia, incluindo autoridades locais que tinham aparecido em seu programa. Três canções da cantora preferidas de Christine, Roberta Flack, foram tocadas. O programa dela, Suncoast Digest, ficou no ar por vários anos com novos apresentadores. Simmons, diretor da emissora, disse que o suicídio de Christine não estava relacionado com a emissora. "O ponto crucial da situação é que ela era uma jovem de 29 anos de idade, que queria ter um companheiro e não o tinha", disse ele em 1977.

A família de Christine conseguiu uma liminar contra WXLT para impedir a liberação da fita de vídeo que continha seu suicídio. A cópia da fita apreendida pela polícia, que estava no gabinete do xerife de Sarasota, foi enumerada e posteriormente, entregue para a família dela, juntamente com seus outros pertences.



Fontes: Wikipedia
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Caveiras Mexicanas



Ao contrário da tradição de luto no dia dos mortos que existe no Brasil, para os mexicanos o dia dos mortos é um dia de muita felicidade e celebração, com muita comida, doces e homenagens aos mortos nos dias 01 e 02 de novembro. Segundo a crença, os mortos vêm visitar seus parentes nessa data. 

Esta tradição teve origem no México antes da chegada e colonização dos Espanhóis na América. Os nativos tinham costumes de preservar os crânios de seus familiares como se fossem troféus e usá-los em rituais de celebração à morte e o renascimento. Existem indícios que os povos Maias, Astecas, Purépechas, Náuatles e Totonacas praticavam culto similar ao da festa do Día de Los Muertos há pelo menos 3 mil anos atrás.

O ícone da festa é a Dama de la Muerte, Mictecacíhuatl, que atualmente é relacionada à personagem de José Guadalupe Posada, a La Catrina


La Catrina de los toletes, na cultura popular mexicana, é uma das maiores representações do Dia de los Muertos. Ela foi criada por artistas mexicanos como uma representação humorística do esqueleto de uma dama da alta sociedade, do México, que existia antes da Revolução Mexicana, e tem a função de lembrar que as diferenças sociais não significam nada diante da morte.

A palavra catrina é a variante feminina da palavra catrín, que significa Dândi (homem de extremo bom gosto) em espanhol. De acordo com o folclore mexicano, "La Catrina" pode se mostrar de muitas formas e leva muitos nomes: La Calavera, La Dama de Velo, La Huesuda, La Sin Dientes, La Matadora, etc. Algumas vezes essa senhora se apresenta de forma alegre, com vestidos elaborados, para divertir e seduzir os mortais. Em outras, a encontramos em "puro osso", pronta para nos levar dessa para melhor a qualquer momento, sem ao menos nos avisar.

Segundo essa tradição, a morte e a memória dos mortos dão um sentido e uma identidade a cultura mexicana. Ou seja, La Catrina com sua personalidade travessa, espirituosa, simpática e sensual nos convida a viver plenamente cada momento e através das grandes e pequenas artes encontrar o sentido da vida. E o mais importante ensinamento sobre a dama da morte: a sua dupla identidade nos lembra que a vida é aqui, agora e eternamente. Belas e coloridas e com um bom significado as caveiras mexicanas se popularizaram e ganharam gosto mundial.
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