sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Os assassinatos de Hinterkaifeck



Hinterkaifeck era uma pequena fazenda situada entre as cidades bávaras de Ingolstadt e Schrobenhausen (cerca de 70 km ao norte de Munique), que foi palco de um dos crimes mais bizarros e enigmáticos da história alemã. Na noite de 31 de Março de 1922, os seis moradores da fazenda foram mortos. O assassinato permanece sem solução até hoje.

As seis vítimas foram o fazendeiro e dono da propriedade Andreas Gruber de 63 anos, sua esposa Cäzilia Gruber de 72 anos, sua filha viúva Viktoria Gabriel de 35 anos e seus dois filhos, Cäzilia Gabriel de 7 anos e Josef Gabriel de 2 anos, alem da empregada Maria Baumgartner de 44 anos. Havia rumores de que Josef o filho mais novo de Viktoria poderia ser filho dela e de seu pai Andreas, em uma relação incestuosa.

Poucos dias antes do crime, o fazendeiro Andreas falou aos vizinhos que havia encontrado pegadas na neve que vinham a partir da floresta para sua fazenda, mas não tinha nenhuma de volta para a floresta. Ele também falou sobre os passos que ouviu no sótão e um jornal estranho que encontrou na fazenda. Além disso, as chaves de sua casa tambem tinham desaparecido vários dias antes dos assassinatos, mas nada disso foi relatado à polícia de imediato.

Seis meses antes do crime, a empregada anterior havia deixado a fazenda, alegando que ela era assombrada, e a nova empregada, Maria Baumgartner, chegou na fazenda em 31 de março, apenas algumas horas antes de sua morte.
 

Exatamente o que aconteceu naquela sexta-feira à noite não se pode dizer com certeza. Acredita-se que o casal de agricultores, sua filha Viktoria e a neta Cäzilia, foram de alguma forma todos atraídos para o celeiro, um por um, onde eles foram mortos. O assassino, em seguida, entrou na casa, onde matou Josef, que dormia em seu berço no quarto de sua mãe, e a empregada Maria Baumgartner, no quarto em que dormia também.

Na terça-feira seguinte, 04 de abril, alguns vizinhos foram a fazenda porque nenhum dos moradores da fazenda tinham sido visto há vários dias, o que era bastante incomum. O carteiro tinha notado que a correspondência do sábado anterior ainda estava onde ele havia deixado. Além disso, a jovem Cäzilia não tinha aparecido na escola na segunda-feira, nem no sábado. No dia seguinte,  5 de abril, o médico da corte Dr. Johann Baptist Aumüller realizou as autópsias no celeiro. E foi estabelecido que uma picareta era a provável arma do crime. Os corpos foram decapitados, e os crânios enviados para Munique, onde clarividentes os examinaram, mas sem resultado. A autópsia também mostrou que a menina Cäzilia tinha ficado viva por várias horas após os assassinatos. Deitada na palha, ao lado dos corpos de seus avós e sua mãe, ela tinha arrancado o cabelo em tufos.

A polícia suspeitava que o motivo principal era roubo, e interrogou vários habitantes das aldeias vizinhas, bem como viajantes, artesãos e andarilhos. A teoria era de roubo, no entanto, ela foi abandonada quando uma grande quantidade de dinheiro que foi encontrado na casa. Acredita-se que o criminoso permaneceu na fazenda durante vários dias, pois alguém alimentou o gado, comeu alimento na cozinha, os vizinhos também viram fumaça na chaminé durante o fim de semana, e qualquer um que procurasse o dinheiro teria encontrado.


O inspetor Georg Reingruber e seus colegas do Departamento de Polícia de Munique fizeram imensos esforços para investigar os assassinatos. Mais de 100 suspeitos foram questionados ao longo dos anos. O interrogatório mais recente foi feito em 1986, mas todos foram sem sucesso.

Em 2007, os alunos da Polizeifachhochschule (Academia de Polícia), em Fürstenfeldbruck tiveram a tarefa de investigar o caso mais uma vez com as modernas técnicas de investigação criminal. Eles chegaram à conclusão de que é impossível de resolver completamente o crime depois de passado tanto tempo. e tambem havia falta de uma evidência, pois os métodos de investigação usados ate então eram bastante primitivos. Além da prova perdida e os possíveis suspeitos tambem morreram desde então. No entanto, os alunos foram capazes de identificar uma pessoa como o principal suspeito. Eles não citaram diretamente essa pessoa no relatório, por respeito com os parentes ainda vivos.

As seis vítimas foram enterradas em Waidhofen, onde há um memorial no cemitério. Os crânios nunca foram devolvidos de Munique, depois de perdidos durante o caos da Segunda Guerra Mundial. A fazenda foi demolida no ano seguinte, em 1923, e perto de onde ela ficava existe agora um santuário. Até hoje, muitos pesquisadores continuam a investigar o caso.

Santuário perto do local do ex-fazenda.

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